A discussão sobre a proibição das escolas de Campinas de poder falar, debater, orientar e incluir alunos homossexuais acabou com um liberalista de 30 anos agredido na noite de ontem na Câmara Municipal da cidade. A vítima disse que vai processar o agressor, um advogado de 70 anos, a favor da proibição.
Segundo o liberalista, que é heterossexual, caso e tem filhos, após receber a informação que o projeto não seria votado, ele comentou com os demais colegas que acompanhavam a sessão. O advogado teria visto a cena e seguiu o homem até o saguão onde passou a criticar o seu direito de reivindicar a rejeição a aprovação do documento.
No boletim de ocorrência, a vítima relata que o advogado dizia que ele não deveria apoiar algo contrário à natureza e que o assunto deveria ser tratado como uma “erva daninha”. Logo em seguida houve a agressão física que não foi revidada. A Guarda Civil teria separado os homens e os encaminharam para a delegacia.
A Câmara acredita que 250 manifestantes, contrários e a favor da aprovação do projeto de emenda à Lei Orgânica, do vereador Campos Filho (DEM), acompanharam a sessão. Os grupos quase não deixaram os vereadores discursarem na tribuna.
…
EDITORIAL – O PiraNOT acredita ser importante o debate das questões de gênero nas escolas, pois acompanha com frequência na região casos de agressão à homossexuais. Um caso recente ocorreu em Piracicaba quando um jovem de 20 anos foi espancado no banheiro de uma casa noturna por vários rapazes. Em Sumaré no começo deste ano, um jovem foi espancado e arrastado por ruas de um bairro da periferia também dada a opção sexual. O site acredita ainda que, a sexualidade não é uma escolha e o debate não influenciará na personalidade dos alunos, afinal, as escolas não ensinam a ser bandidos e a criminalidade só aumenta.
O site acredita também que a discussão sobre este tema possa trazer mais paz, harmonia e inclusão social promovendo uma sociedade melhor com menos preconceito e criminalidade. Conservadores tem uma visão errada sobre o projeto e espalham que as escolas incentivariam a homossexualidade quando que na realidade, o objetivo é diminuir a dor da rejeição dos que enfrentam desde pequenos o preconceito e ainda, mostrar aos estudantes a importância de se conviver em sociedade respeitando as diferenças de cada um.
O PiraNOT recomenda aos conversadores a leitura completa do projeto, o debate de ideias, conversas com educadores e ainda pesquisas sobre o tema com profissionais capacitados para falar sobre este tema.