GOE faz operação após 26 internos fugirem de clínica em Piracicaba





No final da tarde desta terça-feira (06), a Polícia Civil de Piracicaba foi acionada para dar atendimento a uma ocorrência no Cade (Centro de Apoio ao Dependente), localizado na Rodovia Piracicaba-Tupi, km 17.

Foto: Wagner Romano/PIRANOT

A denúncia feita por dois internos, relatava inúmeras irregularidades que ocorriam no interior da clínica. No local, os policiais tomaram ciência de que dois internos em tratamento psiquiátrico por ingestão de substâncias químicas, possivelmente envolveram-se em um desentendimento com eventuais mutuas agressões.

Segundo o que foi apurado, os dois foram transferidos do Cade para a clínica Pró Paz de Piracicaba, tendo em vista que os outros internos não estavam aceitando a permanência deles no local. Os motivos que levaram a agressão ainda serão apurados pela Polícia Civil, pois os dois pacientes transferidos demonstravam alterações nas atividades psicomotoras, não sendo possível obter suas versões sobre os fatos.





O proprietário do Cade, ouvido em declarações, informou que o tumulto foi provocado pelos próprios internos e que na sequência 26 deles se evadiram da clínica. Ele informou também que antes da evasão, os pacientes subtraíram os prontuários e os documentos pessoais que ficavam retidos em uma sala administrativa.

Os policiais constataram ainda que no interior da clínica, em um quarto, havia um caixão com vários cartazes que continham dizeres e pensamentos filosóficos. Foi informado que o caixão já havia sido utilizado para torturas psicológicas em outras datas.

O delegado Dr. Ruy disse que irá instaurar inquérito policial para apurar os fatos e apresentou elementos que confirmam flagrante. Os policiais do GOE (Grupo de Operações Especiais) também estiveram no local e noticiaram que não havia conexão entre a notícia-crime e os elementos comprovadores encontrados, exceto a apreensão de 45 maços de cigarro da marca Eight, possivelmente oriundos de descaminho, um pedaço de madeira que supostamente poderia ter sido utilizado na agressão entre os internos e uma lista de controle dos pacientes internados na clínica. Ninguém foi preso.

O caso será apurado pelo 6º D.P. de Piracicaba (SP) e tudo será devidamente esclarecido em sede de inquérito policial.

 





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