Juliana Ricci: "Hoje vejo a educação falhando e vejo também famílias desestruturadas"
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Juliana Ricci: “Hoje vejo a educação falhando e vejo também famílias desestruturadas”

Rafael Fioravanti by Rafael Fioravanti
5 de maio de 2019
in Entrevista PIRANOT
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Nascida em 21 de abril de 1977, Juliana Ricci tem 42 anos e atua como delegada da Polícia Civil de Piracicaba. Com 15 anos de carreira e ideias pontuais, ela recebeu o jornalista Rafael Fioravanti, do PIRANOT, em sua sala no prédio da DIG (Delegacia de Investigações Gerais) para um bate-papo. Com pontualidade, Juliana Ricci teceu comentários à questão da segurança no município de Piracicaba, discorreu sobre a redução da maioridade penal, pontuou a ação da Polícia Civil no combate ao tráfico de drogas, e defendeu, acima de tudo, mudanças mais enérgicas na lei. Confira abaixo a entrevista na íntegra.

Foto: Wagner Romano / Jornal PIRANOT

Primeiro, gostaria que a senhora contasse um pouco do seu começo na Polícia Civil.
Comecei em São Paulo no ano de 2004, trabalhando no 15º Distrito Policial no Itaim Bibi. Trabalhei lá até janeiro de 2006, quando saí para entrar na Corregedoria da Polícia Civil em São Paulo. Fiquei lá até dezembro de 2010. Posteriormente, vim aqui para Piracicaba, onde trabalhei na Corregedoria de janeiro de 2011 até março de 2015. Passei também pela Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), onde fiquei até janeiro de 2017; na Unidade de Polícia Judiciária (UPJ), onde fiquei até 26 de fevereiro de 2019; e atualmente estou na DIG (Delegacia de Investigações de Gerais).

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Foto: Divulgação/ACIPI

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Como é o início de carreira de uma delegada?
É uma carreira diferente. A maioria das carreiras jurídicas não é tão dinâmica, não tem essa parte dinâmica de comparecer, por exemplo, no local de um crime, de andar de viatura, de ver a ocorrência in loco. A maioria das carreiras já recebe a ocorrência no papel, como é o caso dos Procuradores do Estado, da Defensoria, e Ministério Público. Eles recebem a ocorrência depois que ela já aconteceu. Não é o caso dos delegados. Aqui nós recebemos as ocorrências no momento que ela está acontecendo, e, assim, a materializamos no papel. Isso faz com que a gente sinta a cobrança da sociedade, o clamor, o sentimento, a vulnerabilidade que a sociedade tem. Tudo o que as pessoas estão sentindo no momento que a ocorrência está acontecendo a gente sente, nós temos esse contato direto.

Eu gostaria que a senhora elucidasse como é a rotina e o dia-a-dia de uma delegada. Quais são as atribuições?
A gente preside as investigações. Nossas atribuições são presidir os inquéritos policiais (que ficam a cargo dos escrivães de polícia) e as investigações, além de comandar as equipes de investigação.

Um dos crimes mais corriqueiros aqui no município, pelo que vemos, é o tráfico de drogas. Como o tráfico está organizado aqui em Piracicaba atualmente e o que a polícia tem feito para combatê-lo?
O tráfico, infelizmente, é hoje uma demanda nacional, se não for mundial; tanto que existe hoje vários acordos internacionais de combate ao tráfico. E aqui em Piracicaba, nós estamos executando ações de combate. Estamos prendemos traficantes, conduzindo investigações. Este tem sido nosso trabalho e estamos tendo bastante êxito, tanto que, toda semana, temos bastante flagrante e captura de traficantes. Agora eu sinceramente não coloco o tráfico como um problema da nossa cidade, mas como um problema mundial.

Como a senhora analisa a questão dos recursos humanos aqui na Polícia Civil? Faltam pessoas ou o efetivo é suficiente?
Faltam pessoas! Hoje o próprio sindicato já tem um levantamento do número de policiais que faltam. Isso é uma realidade, infelizmente.

Como a senhora analisa a questão da segurança pública aqui em Piracicaba atualmente? O município é seguro?
Eu acho Piracicaba uma cidade segura. O município é grande e tem uma taxa de criminalidade real, não adianta sermos hipócritas, porém não se trata de uma cidade insegura. Em relação a outros municípios, é bastante segura e está bem dentro das estatísticas.

Na sua opinião, o que deve ser feito para que tenhamos números ainda mais positivos no quesito segurança?
Quando falamos de segurança nós estamos, na realidade, falando de repressão. Estamos precisando parar de construir a casa pelo telhado. A casa deve ser construída primeiro pelo alicerce. É claro que devemos reprimir quem erra, porém é necessário que se invista em educação. Se pegarmos as estatísticas do Brasil, veremos que a taxa de criminalidade cresceu conforme caiu a taxa de educação. Então precisamos nos apegar não à repressão, mas à educação; esse é o alicerce. Se houver mais investimento em educação, acredito que diminuiremos a taxa de criminalidade. Hoje vejo a educação falhando e vejo também famílias desestruturadas. Eu vejo muitos pais perdidos na educação dos filhos. Antigamente os pais eram repressores, hoje já estão muito permissivos. E as crianças que crescem nessa permissividade já estão chegando na idade adulta. Vejo família a educação falhando, e isso acaba refletindo na repressão.

Qual é a sua opinião a respeito da redução da maioridade penal?
Sou a favor, acho que tem que diminuir a maioridade penal e já passou da hora de fazermos isso. É inconcebível que, no Brasil, se possa eleger o presidente da República, mas que não se possa subordinar às leis. Isso é inconcebível, não conheço nenhum outro país onde isso acontece.

De todos os casos que a senhora presidiu, qual mais te marcou?
São vários, porém o que mais me marcou foi o caso de uma menina que, aos dez anos, ficou grávida do padrasto. Aconteceu aqui em Piracicaba. E essa menina teve um filho do padrasto e a mãe acobertava tudo. Esse caso foi o que mais me marcou, até pela situação em que a garota ficou.

Qual é a maior dificuldade que a senhora enfrenta no trabalho atualmente?
Eu acredito que seja a impunidade. Isso não é culpa da polícia ou do judiciário, mas da nossa própria legislação. Nós vemos aí na internet que o Alexandre Nardoni, condenado pela morte da própria família, já está quase saindo da cadeira; vemos que Suzane Von Richthofen, responsável pela morte dos próprios pais, tem direito ao indulto de “saidinha”; tudo isso gera na sociedade o pensamento de que a justiça não resolve. Isso faz com que muitas testemunhas se calem perante um crime, pois elas têm certeza de que amanhã o criminosos estará nas ruas. Não estamos conseguindo passar à testemunha a segurança de que ela está protegida. Por mais que os órgãos trabalhem, amanhã o criminoso estará na rua — nossa legislação é uma mãe para ele. Num país sério, esses criminosos morreriam na cadeia ou seriam condenados à pena de morte. Essa é a maior dificuldade.

Como mudamos isso?
Difícil! É preciso mudar a legislação penal.

Se a senhora tivesse que mencionar uma pessoa que a influenciou, não só no trabalho mas também na vida, quem seria?
Acho que minha mãe, por sinônimo de garra, conduta, correção. Ela falava que tínhamos que lutar pelo que queríamos, sem depender de ninguém. Nesse ponto eu colocaria minha mãe como a pessoa que mais me influenciou.

Quais são suas considerações finais?
Acho que temos que acreditar que as coisas vão melhorar. E temos que exigir dos nossos representantes que a legislação penal mude, cobrando uma sanção daquele que infringiu a legislação. Nós, cidadãos de bem, estamos pagando a pena do cidadão que não é de bem. Tivemos uma reforma grande no Congresso, histórica, e agora acho que compete a nós cobrarmos um pouco dos nossos representantes uma alteração na legislação para que a impunidade seja diminuída.

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