O júri popular de Jesuíno Braz Neto, mais conhecido como “Pipe Love” e ex-jogador de futebol amador do Capivariano, aconteceu nesta quinta-feira (18), em Rio das Pedras (SP). Ele é acusado de matar a lavradora Juliane Michele Calisto, de 31 anos, em agosto de 2016. O criminoso foi condenado a 17 anos e seis meses de prisão.
“Pipe” foi preso na mesma época por policiais civis, próximo à rodoviária de Piracicaba. Ele pretendia fugir para outra cidade para não ser preso.
A Polícia Civil apurou que ele teria matado a mulher com golpes de chave de fenda próximo ao pescoço, além de chutes e socos dentro da residência dele, na cidade de Rio das Pedras. Depois do crime, “Pipe” enrolou o corpo da vítima em um cobertor e abandonou-o na sarjeta a alguns quarteirões do imóvel, na Rua Desavantor Schiavon, no bairro Massud Coury.
Durante as investigações, os policiais esclareceram que ele teria emprestado o carro de um vizinho para transportar um colchão, que tinha sangue da vítima.
Segundo o delegado Vagner Romano, no dia em que o corpo foi localizado, o acusado acompanhou o trabalho de apuração da polícia. O delegado disse que “Pipe Love” ainda informou para os policiais, para desviar o foco, que tinha visto a vítima entrar em um carro com dois homens.
De acordo com dados do exame necroscópico, a morte de Juliane foi provocada por traumatismo cranioencefálico e três golpes próximos ao pescoço. Também foram encontrados hematomas no rosto, perna e fratura no maxilar.
Julgamento
O julgamento começou na manhã desta quinta-feira (18) e dois policiais que trabalharam no caso prestaram depoimento. O resultado do júri saiu durante a noite de ontem. O criminoso foi condenado a 17 anos e seis meses de prisão.
O juiz Dalton Lacerda Vidal Vital Filho considerou que o réu teve as qualificadoras torpe, fútil, cruel, à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa da vítima.
Jesuíno Braz Neto também já tinha sido detido em Capivari no ano de 2013. Na época, ele foi preso por agredir a mulher com quem morava.