Um dos assassinos do menino João Hélio deixa a cadeia após dez anos no RJ


Um dos assassinos do menino João Hélio, de seis anos, foi autorizado pela Justiça do Rio de Janeiro a deixar a cadeia nesta quinta-feira (29). Condenado a 39 anos de prisão, Carlos Roberto da Silva ficou dez anos no presídio e, agora, ganhou o direito de cumprir o restante da pena em casa.



Foto: João Hélio/ Reprodução

A Justiça concedeu a Carlos Roberto progressão para o regime aberto, que é cumprido em Casas de Albergado. Como a cidade do Rio só possui uma unidade do tipo, foi permitido que o preso continue a cumprir a pena em casa. Carlinhos sem pescoço estava preso há dez anos e seis meses. Ele foi capturado dias após o crime.

Roberto foi solto sem tornozeleira eletrônica. Ele tem cinco dias para se apresentar para que o equipamento seja instalado.

De acordo com sentença da Vara de Execuções Penais (VEP) do Rio, Carlos deve permanecer em casa das 22h às 6h. Nos fins de semana e feriados, ele não poderá sair de sua residência. A sentença impõe ainda outras restrição. Carlos não pode deixar o estado sem autorização judicial e qualquer mudança de endereço dentro do Rio deve ser comunicada imediatamente à Seap.





Foto: FÁBIO MOTTA / Estadão Conteúdo

O caso

O crime aconteceu no dia 07 de fevereiro de 2007. Rosa Cristina, mãe de João Hélio, voltava para casa com o menino e a outra filha, Aline de 14 anos. Ela parou em um sinal de trânsito na Rua João Vicente, no bairro de Oswaldo Cruz, Zona Norte do Rio, quando foi abordada por homens armados, entre eles Carlos Roberto. Os criminosos determinaram que eles saíssem do carro.

Rosa e Aline, que estavam nos bancos da frente, conseguiram sair. Quando Rosa foi tirar o menino, que estava preso ao cinto de segurança no banco de trás do veículo, um dos criminosos bateu a porta e arrancou com o carro. João Hélio ficou preso do lado de fora do carro e foi arrastado por sete quilômetros, ao longo de quatro bairros da Zona Norte.

Um dos envolvidos no crime era um menor que chegou a ser apreendido, mas foi colocado em liberdade em 2011.

Foto: Carlos Roberto, ao ser preso, dias após o crime. Foto: Mônica Imbuzeiro




Sair da versão mobile