A polícia busca peças de um quebra-cabeça que vem sendo montado há exatamente um mês. A bebê Isis Helena sumiu de sua casa no dia 02 de março de 2020, enquanto dormia na companhia do avô e até agora não foi encontrada. A polícia ainda aguarda o resultado de laudos periciais. Cinco pessoas são investigadas, entre elas uma traficante da região de Itapira (SP). Os investigadores trabalham com as hipóteses de a criança ter sido assassinada ou ainda estar viva, em poder de alguém.
Na semana passada, últimas denúncias de que ela teria sido vista nas proximidades da casa da família ganharam força nos últimos dias e levaram policiais da DIG (Delegacia de Investigações Gerais) de Mogi Guaçu novamente ao trajeto feito pela mãe de Isis no dia do sumiço.
Isis Helena, agora com um ano e 11 meses, sumiu no dia 02 de março, na cidade de Itapira (SP). Tantos dias sendo procurada e a polícia ainda não consegue responder a principal pergunta de todos: como a menina sumiu? Pistas falsas, buscas que não levam a nenhuma informação nova e contradições aumentam as dúvidas a cada dia. O desaparecimento continua repleto de mistérios.
Acompanhe as últimas notícias do caso: madrasta fornece imagem e comenta post em rede social
Depois de ver seu nome no meio das investigações do desaparecimento da bebê Isis Helena, Manoella Martins, madrasta da criança, procurou imagens de câmeras de segurança que mostram seu trajeto na manhã do sumiço. Ela levou as imagens à polícia para provar sua inocência.
De acordo com Manoella, os registros das câmeras provariam que ela esteve longe da casa de onde Isis foi levada na manhã do dia 02 de março. Em entrevista ao Cidade Alerta, ela também comentou sobre as postagens no Facebook que foram interpretadas como ameaças à mãe da menina.
Manuela, companheira do pai de Isis, é investigada em decorrência da rivalidade com a mãe da criança. Ao vivo, ela conversou com o jornalista Luiz Bacci e negou qualquer participação no caso.
Polícia Civil faz perícia na casa da família de bebê desaparecida
Na noite de sexta-feira (13), policiais e peritos saíram em diligência em Itapira (SP) para uma operação urgente na casa de Jennifer, a mãe de Isis Helena. De acordo com as primeiras informações, a polícia científica foi ao local com o objetivo de usar luminol para identificar possíveis vestígios de sangue.
Além do imóvel onde a menina morava e desapareceu, policiais civis também foram em outros dois endereços ligados à família da criança. Os trabalhos da polícia atraíram um grande número de curiosos e duraram cerca de quatro horas. Até o momento ninguém foi preso.
Mochila usada pela mãe no dia do sumiço passa por perícia
Imagens de câmeras de segurança mostraram a mãe da bebê Isis Helena em uma moto na manhã do sumiço e carregando uma mochila e uma sacola. À polícia, Jennifer contou que se desfez dessa sacola.
Já a mochila foi apreendida na manhã de sexta-feira (13) e encaminhada para o Instituto de Criminalística de São Paulo, onde passou por uma perícia que pode detectar resíduos no material. O laudo deve sair nos próximos dias.
Testemunhas e carro apreendido
Na quinta-feira (12), novas testemunhas que prestaram depoimento à Polícia Civil sobre o desparecimento da menina Isis Helena, de um ano e dez meses, afirmaram que viram a menina no dia que ela desapareceu. As investigações estão sob comando da DDM (Delegacia de Defesa da Mulher) de Itapira, no interior de São Paulo.
A polícia considera que essas testemunhas são peças chaves para a investigação. Elas teriam mostrado um lugar onde a bebê poderia estar escondida e contaram que viram a menina no dia do desaparecimento. De acordo com informações, as mulheres foram e voltaram para a delegacia pelo menos três vezes em duas horas.
Além disso, os investigadores estão refazendo o trajeto feito pela mãe depois que ela foi ao mercado sacar dinheiro com a avó da criança.
O carro utilizado por elas foi apreendido e passará por perícia. Ele pode ter sido flagrado por câmeras no dia do sumiço. Segundo as testemunhas ouvidas, a Polícia Civil tem um suspeito.
Polícia pede quebra de sigilo telefônico dos pais
Na quarta-feira (11), a Polícia Civil pediu à Justiça a quebra do sigilo telefônico da mãe e do pai de Isis. Mensagens trocadas e possíveis ligações feitas entre os dois devem ser confrontadas com as versões dadas em depoimento. Segundo a polícia, os dois entraram em contradição.
Entenda o caso Isis Helena
A Polícia Civil investiga o desaparecimento de Isis Helena, agora com um ano e 11 meses (quando sumiu ela tinha um ano e dez meses) que não consegue engatinhar e toma remédios controlados. O caso aconteceu na segunda-feira, 02 de março de 2020, e até o momento ela ainda não foi encontrada.
Conforme relatado pela família, a bebê nasceu prematura, com microcefalia e toma remédios controlados. Ela ainda não engatinha e não teria saído sozinha da residência.
A mãe da criança, Jennifer Natalia Pedro, contou que ela saiu da residência por volta das 7h para levar o outro filho à creche e deixou Isis dormindo na companhia do avô, de 90 anos. Ao retornar ao imóvel, Jennifer se deu conta que a menina havia sumido.
Ainda segundo Jennifer, a casa estava aberta e o sumiço da filha teria ocorrido no intervalo de duas horas. Nenhum vizinho notou movimentação estranha no local.