Doria pretendia parar industrias e fazer “lockdown” no Estado de SP, mas equipe não apoiou





O Governo de São Paulo já discute a ampliação de medidas restritivas no estado, como o fechamento de obras, indústrias e a restrição de circulação de pessoas nas ruas, o temido “lockdown”. A informação é do jornalista Caio Junqueira, da CNN Brasil.

Dória
Foto: Facebook.

Segundo o comunicador, durante o “Expresso CNN, com Monalisa Perone”, integrantes do Centro de Contingência do estado disseram à emissora que algumas dessas opções deverão ser as próximas do estado, embora admitam que o assunto ainda não está maduro no governo.

Conforme o PIRANOT adiantou ontem (17), durante a entrega de dois milhões de doses de Coronavac, Doria disse que anunciaria novas restrições, mas voltou atrás por falta de apoio da própria equipe.





Ainda segundo a CNN, a equipe mais ligada à política e à economia quer aguardar o resultado dos 14 dias de aplicação da fase vermelha em todo o estado (que ocorre neste sábado), bem como sete dias da chamada fase emergencial (que se conclui na próxima segunda-feira, 22). A área econômica, por exemplo, é completamente contrária ao fechamento da indústria e considera a medida “fora de cogitação”.

Ainda assim, foi justamente essa divergência na dosagem das restrições que fez o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciar em uma coletiva que haveria mais restrições nesta quarta-feira (17) e depois não apresentar nenhuma medida nessa linha.

Isso ocorreu porque Doria teria sido alertado por um dos integrantes do Centro de Contingência na manhã desta quarta-feira que o estado deveria ampliar as medidas restritivas ainda hoje sob pena de haver um colapso maior ainda.

Segundo uma fonte informou ao jornalista Caio Junqueira, Doria ficou sensibilizado e anunciou novas medidas na primeira coletiva do dia, no Instituto Butantan. Depois, quando retornou ao Palácio dos Bandeirantes, ouviu de outros interlocutores que não seria possível concluir nenhuma medida a tempo, e que era melhor esperar os resultados das fases vermelha e emergencial, o que acabou prevalecendo.

O que mudaria?

Além de todas as restrições atuais, é cogitada uma espécie de lockdown, com o fechamento de industrias e obras, que atualmente continuam funcionando sem parar. Serviços essenciais como mercados e farmácias poderão ter horários reduzidos. A medida, na visão de alguns, pode levar pânico para a população e é evitada ao máximo.

Ontem, conforme o PIRANOT noticiou, Piracicaba bateu recorde de mortes. Nove em um único dia. 81% das UTIs estão lotadas.





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