A Polícia Civil identificou os quatro jovens que causaram um incêndio na Serra de São Pedro (SP), na área próximo ao deck do mirante do Parque Marcelo Golinelli, em 25 de julho. A suspeita é de que o descarte de resíduos de essência de um narguilé tenha provocado o fogo. As informações são do G1.
A identificação dos jovens ocorreu após a corporação ter acesso às imagens de câmeras de segurança do local. Segundo a polícia, são dois homens, um com 21 e outro com 19 anos de idade, e duas mulheres, ambas com 19 anos de idade, que teriam ido de Piracicaba (SP) ao parque para passear.
“A gente acabou conseguindo, graças ao sistema de monitoramento, pegar o momento exato onde, pelo que a gente vê nas imagens, uma das moças acaba jogando alguma coisa no mato e coisa de cinco minutos depois começa aquele fogo. E a gente acabou, com as investigações preliminares, sabendo que eles estavam fazendo uso de narguilé. Então, a hipótese maior é que foi culposo (sem intenção), mas acabou pegando uma extensão grande e causando um dano ao ambiente”, explicou o delegado de São Pedro, Gilberto Carlos Fernandes Júnior.
Os jovens foram chamados na delegacia e declararam aos policiais que ficaram aproximadamente 40 minutos sobre um dos decks do parque fazendo uso do narguilé. Após isso, eles disseram que desmontaram o equipamento e uma das mulheres do grupo descartou a essência, que ainda estava quente, na vegetação de frente à plataforma de madeira.
Pouco tempo depois, conforme é possível ver pelas câmeras de segurança, surgiu uma fumaça vindo de onde tinham descartado a essência. Em aproximadamente cinco minutos, uma labareda de fogo surgiu na mesma região onde a substância havia sido descartada e o fogo passou a se expandir rapidamente, consumindo grande parte da vegetação da área de lazer.
“Estamos ainda no início das investigações. O próximo passo é a instauração de um inquérito policial e tipificar a conduta deles de uma maneira correta porque a gente, através das investigações agora, oitiva deles, e laudo pericial, a gente vai poder saber se é realmente caso de crime ambiental ou se foi incêndio culposo (sem intenção)”, acrescentou o delegado.