ESPECIAL: Piracicaba 256 anos >>> Recentemente o PIRANOT, trouxe um especial sobre as famosas pamonhas de Piracicaba, despertando a curiosidade de muitos leitores em saber mais sobre essa iguaria de sabor incomparável. A receita que encanta o paladar de tantos brasileiros tem duas possíveis origens. Uma em 1953, segundo a TV Globo, e outra em 1966, segundo documentário do SESC.
1953
Nesta suposta primeira versão, Dona Benedita Rodrigues, segundo relatos, teria sido a responsável por desenvolver a receita da pamonha de Piracicaba em 1953. A pamonha seria uma receita do povo originário do Brasil da tribo indígena Tupi, que viveu nesta região
Benedita passou a receita para a filha, Vasty Rodrigues Octaviano. Ela teria iniciado a primeira produção de pamonhas na cidade, chegando a vender 200 por dia. Além da referência sobre esta origem tendo como fonte a TV Globo, não encontramos outras.
1966
A segunda suposta versão da origem seria uma receita “errada” da pamonha conhecida em Minas Gerais, onde a tradicional é salgada e recheada, embora também possa ser preparada como um doce, mas é pouco consumida. Neste caso, o doce seria um legado dos portugueses que colonizaram o Brasil.
Nesta suposta origem, tendo como referência o documentário “Sabor no Prato”, do SESC, história da pamonha de Piracicaba remonta a uma curiosa situação vivida por morador de Charqueada (cidade-satélite), mas que trabalhava na metrópole Piracicaba. Ele complementava a renda familiar junto com sua esposa, preparando doces para vender aos colegas de trabalho. Um dia, um cliente fez um pedido peculiar, solicitando uma tal de “pamonha”. Desconhecendo as diferenças regionais da iguaria, a empresária Wanda Assarice criou uma versão doce, embalada cuidadosamente na palha do milho e sem recheio. Assim, nasceu a deliciosa pamonha de Piracicaba.
Inicialmente, Wanda fez apenas dez pamonhas, mas o sucesso foi tanto que o casal logo passou a produzir em larga escala, chegando a fazer cinco mil unidades para atender à crescente demanda. Entre os anos de 1966 e 1969, a receita se popularizou na cidade e inspirou outras famílias de Piracicaba a seguir o mesmo caminho, tornando a pamonha um verdadeiro patrimônio gastronômico local.
Carro da pamonha surgiu em 1969
Foi em 1969 que dos irmãos Bigelli iniciaram a venda das pamonhas produzidas pela família deles, com base em uma receita doce já vendida na cidade. A venda era feita em carros com um alto-falante. Quem chamava a freguesia era Dirceu. Foi ele que criou “Pamonhas, pamonhas, pamonhas. Pamonhas de Piracicaba. Venha provar, minha senhora. É o puro creme do milho verde…”.
Onde comprar
Para quem deseja provar essa delícia, há diversos pontos de venda espalhados pela cidade. Uma opção é o Mercadão Municipal de Piracicaba, um local tradicional que abriga barracas especializadas em quitutes à base de milho, onde é possível encontrar pamonhas fresquinhas e saborosas. Além disso, é comum avistar carros de venda de pamonhas circulando pelas ruas do Brasil, oferecendo essas delícias aos moradores e visitantes. Outra alternativa são as feiras que contam com barracas de doces de milho, como o Varejão Municipal Central, localizado no Bairro Alto, no caso de Piracicaba.
Documentário
Para conhecer mais sobre a história e a tradição das pamonhas de Piracicaba, o documentário “Piracicaba no Prato: a origem da Pamonha de Piracicaba” é uma excelente opção. Produzido com o apoio do SESC, o documentário conta a história da família que criou a receita e mostra a “Fábrica da Pamonha”, que, curiosamente, não fica em Piracicaba, mas sim em uma cidade-satélite da metrópole.
O documentário não cita o criador do slogam “Pamonhas de Piracicaba”. O PIRANOT fará uma reportagem especial sobre dos irmãos Bigelli em breve.