Ciesp e CNPEM fecham acordo para conectar indústria brasileira a pesquisa cientifica

Laboratórios como o Sírius podem contribuir com soluções inovadoras em saúde, energia, meio ambiente e agricultura, dentre outras


Foto: Divulgação

O Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) e o Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM) celebraram uma colaboração inédita nesta quarta-feira (2), marcando um marco significativo na promoção da inovação na indústria. Esta parceria estratégica visa impulsionar projetos inovadores que ofereçam soluções tecnológicas em diversas áreas, tais como saúde, energia, meio ambiente e agricultura.



Uma das notáveis instalações que fazem parte do CNPEM é o laboratório Sírius, renomado por abrigar um acelerador de partículas e ser reconhecido como uma das maiores infraestruturas científicas do país, ocupando uma extensão de 68 mil metros quadrados. Ele se destaca como um dos três equipamentos mais avançados do mundo em sua geração, direcionado à análise de materiais orgânicos e inorgânicos.

Após a formalização desse acordo, uma delegação composta por cerca de 100 empresários associados e líderes do Ciesp, representando todo o estado de São Paulo, teve a oportunidade de explorar as instalações do superlaboratório Sírius. O CNPEM, uma Organização Social dedicada à ciência e tecnologia, reúne aproximadamente 900 profissionais e 500 estagiários, todos engajados em diversas áreas, incluindo engenharia e pesquisa.

Antonio José Roque da Silva, diretor do CNPEM, compartilhou que empresas notáveis como a Natura e a Aché já estão envolvidas em colaborações com a entidade sediada em Campinas (SP). Ele enfatizou a disposição do CNPEM em enfrentar desafios relevantes, tais como questões relacionadas ao solo, poluição e saneamento, que não apenas impactam a indústria, mas também reverberam na sociedade em geral. “Estamos aqui para contribuir na resolução dos desafios que o Brasil enfrenta, sejam eles de natureza econômica ou social”, afirmou Silva.





A visita à notável instalação do Sírius deixou uma forte impressão no presidente do Ciesp, Rafael Cervone, que enxergou um potencial imediato e profundo para a colaboração entre a pesquisa científica e o setor industrial. Cervone observou a notável trajetória do laboratório, que evoluiu de um projeto no papel em 2014 para pleno funcionamento em 2022. Projetos em andamento já demonstram progressos em áreas como fertilizantes, fibras, têxteis, aeroespacial, médico-hospitalar, automobilística, petróleo e gás.

“O Sírius nos apresentou diversas possibilidades e nosso objetivo é estreitar os laços entre os setores industriais e o Sírius. As parcerias já estão em andamento e os avanços tecnológicos estão ocorrendo de forma acelerada. Assim, buscamos agilizar a colaboração e o desenvolvimento tecnológico das indústrias brasileiras e, por consequência, de todo o país”, ressaltou Cervone.

Para José Henrique Toledo Côrrea, diretor do Ciesp Campinas, a visita proporcionou uma gama de oportunidades não apenas para o Ciesp e a indústria, mas também para o Senai, evidenciando áreas como a formação de recursos humanos. Ele enfatizou que estamos em um momento crucial de transição, com a indústria 4.0 demandando tecnologia. O Sírius emerge como um alicerce científico que pode capacitar empreendedores a conceber novos produtos e tecnologias para empresas. “Essa é a primeira etapa para incorporarmos essa tecnologia às empresas”, concluiu José Henrique.





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