Irmão de Carolina fala pela primeira vez sobre crime em Piracicaba, família e expectativa para júri popular contra assassino amanhã (21)

Entrevista exclusiva concedida para Júnior Cardoso e PIRANOT.









A menos de 24 horas do início do júri popular que abordará o feminicídio de Carolina Dini Jorge, ocorrido há pouco mais de um ano, o PIRANOT entrevistou o irmão da vítima, Rodrigo Dini Jorge, de 44 anos. Ele era um ano mais jovem que a caçula, que completaria neste ano 43 anos. Ao todo, eles eram três irmãos, sendo o mais velho hoje com 50 anos.

Carolina foi vítima de feminicídio, morta pelo ex-marido Anderson, enquanto buscava o filho em uma escola do bairro São Dimas. Ele chegou a fugir após o crime e foi preso no Rio de Janeiro tentando deixar o país.

Infância Marcada pela União Fraternal

Rodrigo compartilhou memórias da infância, destacando a forte ligação entre os três irmãos. “Fomos muito próximos, até devido à diferença de idade de apenas 1 ano. Tivemos uma infância feliz e fazíamos tudo juntos,” recordou Rodrigo. Essa proximidade entre eles se reafirmou com o nascimento das filhas de Carolina e Rodrigo, ambas com 11 anos e que fazem aniversário no mesmo mês. A tragédia ocorreu um dia antes da audiência de divórcio de Carolina, um evento que a família acreditava ser o começo de um recomeço.

Quem Era “Carol”?

Sobre sua irmã, Rodrigo descreveu Carolina como uma mulher carinhosa, cheia de sonhos. “Ela tinha uma luz própria, rodeada de amizades e já demonstrava estar interessada em completar os estudos, fazer faculdade e trabalhar para ter seu próprio dinheiro até os 16 anos, quando conheceu o Anderson.” A família viu em Carolina uma determinação de prosperar ao lado dos filhos e de se reaproximar dos entes queridos após anos de domínio por parte do companheiro.

Expectativas para o Julgamento

Quando questionado sobre suas expectativas para o júri popular que se inicia em breve, Rodrigo expressou seu desejo de que a justiça seja feita.

“Primeiramente, queremos tranquilizar minha mãe, pelos anos de vida que ainda lhe restam, de que ela não será obrigada a ver o algoz de sua filha sendo libertado. Também nessa linha, que a justiça nos permita dar condições aos filhos da Carol, para terem alguma estabilidade emocional e psicológica, com uma vida formada e plena, em condições de se protegerem caso um dia o Anderson seja solto,” compartilhou Rodrigo.

A Dor Desde o Crime Bárbaro

Sobre como a família tem enfrentado a dor desde o crime bárbaro que chocou o país, Rodrigo disse estar preparado para enfrentar o agressor novamente no julgamento, com o foco na busca por justiça. Além disso, ele agradeceu as mensagens de apoio e orações recebidas desde o trágico evento e pediu que a comunidade ofereça apoio pacífico durante o julgamento.

Pedido

Rodrigo pediu para que quem quiser ir ao tribunal acompanhar, deve se manter em silêncio. Ele e a acusação temem que qualquer manifestação gere o pedido da defesa de transferir o juri popular para outra cidade, o que seria muito ruim, segundo ele.





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