
O conhecido youtuber e influenciador, Renato Cariani, abordou a operação da Polícia Federal que o envolve em uma investigação sobre desvio de produtos químicos para a fabricação de até 16 toneladas de crack por mês. Segundo novos detalhes da investigação revelados há pouco, a organização criminosa repassava o material para o crime organizado que fazia a transformação no produto final. Na fábrica de suplementos não foram encontrados indícios de que esse processo estaria ocorrendo ali, porém o delegado do caso declarou que já foram identificados mais de 60 transações bancárias fraudulentas.
Em declaração à CNN, o influenciador afirmou: “Não tenho noção do que está acontecendo. Vou me manifestar depois que meus advogados tiverem acesso [aos autos], porque eu juro que não tenho noção do que está acontecendo”.
Cariani também recorreu às redes sociais para esclarecer sua posição. Ele alega ser apenas um sócio da empresa sob investigação e enfatizou a longa história da empresa, que, segundo ele, está totalmente regulamentada e em conformidade com toda a documentação nacional e internacional.
O youtuber expressou gratidão pela preocupação de seus fãs, afirmando: “Assim que eu souber o que está acontecendo, eu divido aqui com vocês”. Essa mensagem foi dirigida aos seus 7,3 milhões de seguidores no Instagram.
No pedido de prisão, o Ministério Público classificou Cariani e os sácios como “empresários do crime”. As investigações continuam.
O caso
A PF deflagrou nesta terça-feira (12) a operação Crackdown, que cumpriu 13 mandados de busca e apreensão e 4 mandados de prisão temporária em São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. A Justiça Federal de São Paulo, no entanto, negou o pedido de prisão de Cariani, que tem mais de 7 milhões de seguidores no Instagram e 6 milhões no YouTube.
A investigação começou em agosto de 2022, após a apreensão de 50 quilos de crack em um caminhão que transportava produtos da Cariani Pharma. A PF descobriu que a empresa comprava grandes quantidades de ácido fenilacético, um insumo usado na fabricação de crack, mas não tinha autorização da Anvisa para usá-lo na produção de suplementos, que era a atividade declarada da empresa.