EDITORIAL | Taxação traz alívio e “tempo” para comerciantes de ‘bairro’ e ‘cidades’; Em extremo movimento, economia se impõe “sempre”





A taxação de produtos e compras internacionais, que começou a ser aprovada pelo Senado Federal e será nos próximos dias pela Câmara Federal, dará um respiro e uma chance para empresários e comerciantes que operam no Brasil acordarem para a “nova” economia, que é a vida integrada com o digital mundial.





O PIRANOT monitorou nos últimos anos, principalmente e com muita força na região de Americana, o fechamento de comércios que tinham cerca de 40 anos. Todos causaram comoção, mas quem se comoveu não comprava neles, salvando-os.

O problema tem se agravado com os aplicativos e o sistema de logística que o Brasil foi construindo ao longo das últimas duas décadas. O Correios é um bom exemplo disso. No começo do e-commerce, tudo era entregue por ele, até um determinado tamanho. Depois, as transportadoras passaram a competir e vieram empresas que estavam conquistando mercado, como a FedEx, mas as grandes redes como Magazine Luiza e, em seguida, o Mercado Livre, lançaram seus sistemas próprios de logística, como o iFood também tem o seu, chamado de “entrega parceira”.

O problema da crise do comércio das cidades é antigo. Em Piracicaba, a atual gestão já chegou a até lançar uma ideia de construir moradias populares no Centro, para evitar que ele fique “desocupado” nas próximas décadas. Hoje, lojas “made in China” ocupam os espaços nobres deixados por comerciantes históricos, que aqui optam por baixar as portas sem alarde, ou seja, despedidas. Para evitar desgaste, o PIRANOT opta por ignorar o movimento.

Nos bairros, o sistema de franquia até ajudou alguns comércios a migrarem em Piracicaba. Farmácias foram as que mais tiveram êxito. Ao passarem a pertencer a uma rede, pequenas empresas voltaram a ter competitividade na compra das mercadorias e na logística como um todo. Elas também passaram a ter suporte administrativo e contábil, marketing e jurídico, combatendo o assédio jurídico, que virou um câncer no Brasil. Brasília, inclusive, estuda aprovar agora uma “tabela” para padronizar as ações civis, devido ao tamanho do problema, mas isso é tema antigo e para um próximo dia.

Enfim, a economia tem mudado? Não! A economia sempre está ‘mudando’…

A taxação internacional de mercadorias e compras não resolverá o problema de uma economia que já não é mais de bairro ou de cidade, muito menos de região. É de país, ou internacional hoje?

A economia é viva e seguirá mudando… e mudando… e mudando…

Assina em tom editorial, Júnior Cardoso – diretor / fundador do PIRANOT.





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