Jovem com paralisia cerebral tem tratamento cancelado em Piracicaba; Unimed responde o caso em nota





Foto: Arquivo Pessoal

Uma jovem com microcefalia, paralisia cerebral e autismo teve seu tratamento de saúde cancelado após quatro anos de intensa evolução. Andressa Helena Bragion, de 13 anos, nasceu com paralisia cerebral, microcefalia e autismo, e foi adotada por Bea Bragion e Elisandra Fornazier há cerca de doze anos. Desde então, elas vêm promovendo muito amor e carinho para com sua filha. Antes de 2020, muitas terapias foram realizadas para o desenvolvimento de Andressa, porém não davam o estímulo necessário para a evolução.





Nos últimos quatro anos, estímulos certos, intensidade certa e muita força de vontade fizeram com que Andressa alcançasse enorme evolução, muitas vezes desenganada pelos médicos. A evolução se deu graças à Clínica Desenvolve, cujo trabalho é focado no tratamento multidisciplinar intensivo, onde Andressa fazia em média 80 horas por mês, com uma equipe de terapeutas que conversam e treinam com o objetivo de melhorar o que Andressa já possui, através do método conhecido como “Treini”, que trabalha de maneira integral. Por se tratar de uma metodologia intensiva e envolver uma grande estrutura de terapeutas ocupacionais, integração sensorial, fisioterapeutas, psicopedagogas, fonoaudiólogas, musicoterapeutas e psicólogos, o custo médio é de R$ 25.000 a R$ 30.000, algo extremamente caro e fora dos padrões devido ao alto custo.

Durante esses últimos quatro anos, a evolução de Andressa foi extraordinária. Segundo Bea, antes sua filha não conseguia ficar sentada, não comia sozinha, não dormia bem; porém, com o estímulo, hoje ela frequenta escola, come sozinha, dorme bem, sobe escadas, usa o banheiro, entre outras coisas.

Infelizmente, os planos de saúde ainda não disponibilizam o tratamento nesse padrão, e depois de quatro anos com a liminar, segundo Bea, a Unimed Piracicaba,  por ordem judicial,, cancelou o benefício do tratamento,sob alegação de que não existe comprovação da eficácia do tratamento, sem grandes evidências comprovadas pela ciência.

A mãe ressalta que um mês sem tratamento faz com que a criança perca muito do que já foi conquistado até aqui, e que uma ação online estava sendo feita para ajudar Andressa na terapia em um video nas redes sociais. Segunda ela, a terapia que a Unimed quer propor nao é a multidisciplinar intensiva, e sim as individualizadas.

Procurada pelo PIRANOT, a Unimed disse em nota que disponibilizará “odo tratamento” para a paciente e que esta inteiramente à disposição para esclarecimentos.

Leia a nota na íntegra:

“A Unimed Piracicaba informa que cumpre toda a assistência prevista contratualmente e legalmente, disponibilizando terapias multidisciplinares (psicoterapia, fisioterapia, fonoaudiologia, terapia ocupacional, musicoterapia e psicomotricidade), reconhecidas pela Medicina Baseada em Evidências (estudos científicos mundialmente publicados), por meio da sua rede credenciada/referenciada para mais de 2 mil pacientes portadores de autismo e transtornos globais do desenvolvimento.

A Instituição informa, ainda, que está em construção o prédio que abrigará o Centro de Prevenção, Reabilitação e Terapias, com área construída de 8.400 metros quadrados, que unificará todo o atendimento a seus beneficiários.

O vídeo divulgado em redes sociais, abordando o tema em comento, não retrata a realidade desta Cooperativa, e reforçamos a total disponibilidade para dar sequência aos atendimentos terapêuticos que a menor necessita.”

Foto: Reprodução/Redes Sociais




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