Ex-funcionários acampam em frente à Mausa, afirmando estar passando por necessidades devido ao não recebimento das verbas rescisórias. Em resposta, o Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de Piracicaba e Região organizou uma vigília e uma assembleia no local, demonstrando apoio aos trabalhadores e pressionando a empresa. A possibilidade de uma greve não está descartada, conforme alertou o Sindicato, que acompanha de perto a situação. Leia mais abaixo a nota do sindicato enviada ao PIRANOT.
O PIRANOT solicitou ontem (04) uma nota à Mausa, mas até o momento não obteve retorno. Vale mencionar que há cerca de três meses, o PIRANOT já havia noticiado sobre essa situação envolvendo a empresa. Na ocasião, a Mausa enviou uma carta assinada pelos dois diretores, negando as acusações e afirmando que eram mentirosas.
“A mobilização em frente a empresa Mausa foi liderada pelo Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de Piracicaba e Região, e teve início às 5h30, desta quarta-feira, dia 04. A diretoria e representantes da entidade instalaram barracas e faixas para vigília durante todo o dia de hoje, onde também teve uma Assembleia. No ato que reuniu ex-trabalhadores e atuais trabalhadores da empresa, o presidente do Sindicato, Wagner da Silveira (Juca), explicou a realidade vivida.
Na quarta-feira, dia 28 de agosto, diretoria do Sindicato e seu departamento jurídico estiveram juntamente com ex-trabalhadores da Mausa, no Tribunal Regional do Trabalho, 15ª Região, em Campinas para participar de audiência de mediação, por descumprimento do pagamento de verbas rescisórias dos trabalhadores demitidos, “Hoje, estamos em frente a empresa para atualizar e apoiar os trabalhadores, e mostrar aos diretores da Mausa que queremos o pagamento imediato do que é de direito. Eles demitem, não pagam, e ainda, seguem contratando. Isso para nós é sinal de alerta. Por isso, vamos ficar aqui para ver se os diretores da empresa nos chamam para uma negociação. Esse pode ser o primeiro de muitos atos dentro deste ano”.
O trabalhador Edson Alan de Oliveira, trabalhou na empresa por quase 3 anos, no cargo de ajudante de caldeireiro, demitido há 2 meses não recebeu os seus direitos. Junto com a filha Nicole vieram para a mobilização “A gente quer o que é nosso, não deles. Porque nós temos família, filhos e precisamos pagar as contas. O que eu quero é que acerte”, reforça Edson.
O presidente do Sindicato, Juca ressaltou a importância de os trabalhadores procurar a entidade que conta com departamento jurídico para orientação “O trabalhador está amparado por nós. E existem duas situações que é preciso se atentar, a primeira, é a audiência marcada para o próximo dia 19, a respeito da negociação do pagamento do FGTS, atrasado há 1 ano. E a outra orientação, para que o trabalhador não peça demissão. Caso isso faça parte do seu plano, que procure o Sindicato para entrar com a rescisão indireta”.
O Sindicato afirmou que não descarta uma greve, enquanto isso, a Mausa permanece em estado de greve e sendo acompanhada de perto pela entidade.”, finaliza a nota.