A ordem de prisão preventiva contra o cantor Gusttavo Lima, decretada nesta tarde (23), acendeu um alerta no meio artístico e jurídico. Durante o programa ao vivo do SBT, o jornalista Léo Dias afirmou que a situação está evoluindo e que outras figuras famosas podem ser presas nos próximos dias, o que poderia desencadear um efeito dominó no país. Especula-se, inclusive, sobre a possibilidade de federalização da investigação, uma vez que a Polícia Civil de Pernambuco enfrenta dificuldades diante da complexidade e das ramificações do caso, que começou com vítimas de jogos online em Recife.
De acordo com Léo Dias, Gusttavo Lima estaria atualmente nos Estados Unidos, entre Miami e Los Angeles. O cantor teria embarcado em um jato particular horas antes de sua prisão ser decretada. A prisão preventiva, que não tem um prazo definido para terminar, foi emitida sob a justificativa de que Lima poderia interferir no andamento das investigações. A ordem foi decretada com base no fato de que o cantor supostamente teria dado carona a fugitivos até a Grécia e outros países. O processo tramita em sigilo, o que torna os detalhes ainda escassos.
Além disso, foi confirmado que Lima adquiriu recentemente 25% da empresa de apostas “Vai de Bet”, o que trouxe à tona novas suspeitas sobre transações financeiras ligadas ao cantor, inclusive em contas bancárias pessoais, e levantou questionamentos nas investigações.
Os advogados de Gusttavo Lima já estão se mobilizando para solicitar um habeas corpus em sua defesa, buscando evitar a prisão do artista. Até o momento, Lima não sinalizou qualquer intenção de retornar ao Brasil. Caso o processo evolua para a prisão pela Interpol, isso terá que passar por uma extradição, onde o trâmite se tornaria complexo, envolvendo diretamente o Supremo Tribunal Federal (STF), já que ele é cidadão brasileiro e o caso envolve jurisdições internacionais.