Agora são 18h22. O PIRANOT informa em plantão que Luciano Almeida, atual prefeito de Piracicaba, está matematicamente fora da disputa pela reeleição, com apenas 2,49% dos votos, segundo os dados parciais das eleições municipais de 2024. A apuração atual, com 40,79% das seções totalizadas, mostra que Luciano não conseguiu conquistar a confiança necessária da população para continuar no cargo. Este foi seu primeiro e único mandato à frente do Executivo municipal, marcado por diversos desafios e críticas que, claramente, influenciaram o julgamento dos eleitores.
Ao longo de sua gestão, Luciano Almeida enfrentou dificuldades em áreas críticas para a população de Piracicaba, especialmente na saúde e na infraestrutura urbana. As críticas relacionadas aos problemas de saúde pública tornaram-se frequentes, com muitos moradores reclamando da falta de médicos e dos longos tempos de espera nas unidades básicas. A situação chegou ao ponto de protestos em algumas regiões da cidade, onde a população exigia melhorias urgentes no sistema de saúde municipal.
Além disso, a infraestrutura urbana foi outro ponto de grande descontentamento. A manutenção das vias públicas tornou-se um problema recorrente, com buracos espalhados por toda a cidade. As redes sociais foram inundadas com queixas e fotos mostrando a deterioração das ruas, aumentando a insatisfação da população. Em muitos bairros, as dificuldades de locomoção tornaram-se constantes, e os moradores se viram obrigados a conviver com a falta de manutenção, o que prejudicou ainda mais a imagem do governo.
Na atual parcial da apuração, Barjas Negri (PSDB) lidera com 35,64% dos votos, seguido por Helinho Zanatta (PSD) com 26,69% e Alex Madureira (PL) com 23,04%, o que deixa clara a preferência dos eleitores por outros nomes na condução do município. Luciano Almeida, por sua vez, ocupa uma posição distante entre os candidatos, o que reflete a falta de apoio popular após os problemas enfrentados em sua gestão.
Luciano Almeida nasceu em São Paulo em 1965 e mudou-se para Piracicaba aos quatro anos de idade, acompanhado por seus pais, Manuel e Gilberta Almeida. Seu pai, conhecido como Comendador Almeida, era um empreendedor nato, responsável por construir um conglomerado de sucesso, incluindo produtoras de aguardente e uma indústria de máquinas para o setor sucroalcooleiro. Luciano começou a trabalhar muito cedo, aos 10 anos, a pedido de seu pai, separando garrafas quebradas na indústria de bebidas Tatuzinho, localizada na Avenida Rui Barbosa, na Vila Rezende.
Mais tarde, foi efetivado como office-boy, com carteira assinada, recebendo seu primeiro salário, equivalente a CR$ 1.106,47 (cerca de R$ 400,00 atualmente). Esta experiência precoce o ensinou a valorizar o trabalho árduo e moldou sua visão como empreendedor e, mais tarde, como político. No entanto, sua trajetória política, marcada por uma tentativa de trazer à cidade a mesma ética de trabalho e esforço que aprendera na juventude, parece ter esbarrado nas dificuldades práticas de administrar uma cidade complexa como Piracicaba.
Com a queda na popularidade e a falta de apoio da população, Luciano Almeida encerra seu mandato sem conseguir a reeleição. O legado de seu governo será lembrado tanto pelas dificuldades enfrentadas quanto pelas expectativas não atendidas, enquanto a cidade se prepara para receber um novo líder e espera por mudanças significativas nos problemas que ficaram sem solução durante os últimos anos.