O governo de São Paulo deve decretar, nesta quarta-feira (19), estado de emergência para dengue em todo o território paulista. A decisão ocorre diante do aumento expressivo de casos da doença, que já ultrapassam 117 mil registros confirmados neste ano, com uma média de 264,3 casos por 100 mil habitantes. Outros 81,7 mil casos ainda estão sob investigação.
A medida de emergência estadual é adotada quando a incidência da doença ultrapassa o índice de 300 casos confirmados para cada 100 mil habitantes. Em 2024, esse patamar foi alcançado já no início de março, o que levou o governo a intensificar o monitoramento e os preparativos para o decreto.
O reconhecimento da situação de emergência permite que os gestores públicos destinem recursos de forma mais rápida para combater a doença, sem a necessidade de seguir processos burocráticos como licitações. Isso viabiliza a aquisição de insumos, contratação de serviços e outras medidas urgentes para conter a propagação do vírus.
A população também deve ficar atenta às orientações das autoridades de saúde, já que a adoção de medidas preventivas, como eliminar criadouros do mosquito Aedes aegypti, continua sendo fundamental para reduzir os casos.
A parte noroeste do estado concentra o maior número de casos, sendo as regiões de Araçatuba e São José do Rio Preto as mais impactadas. Em Araçatuba, agentes sanitários intensificaram a fiscalização em borracharias e outros locais propícios ao acúmulo de água parada. Já em São José do Rio Preto, a situação é tão crítica que a cidade se tornou a única do país a receber reforço do governo federal no combate à dengue.
Diante do avanço da doença, a Secretaria Estadual da Saúde recomenda que a população busque atendimento médico aos primeiros sintomas, como febre alta, dores no corpo e manchas vermelhas na pele. O diagnóstico precoce pode evitar complicações graves, como a dengue hemorrágica.
Medidas de combate
Com a decretação da emergência, o estado deve ampliar campanhas de conscientização e intensificar a aplicação de inseticidas para eliminar os focos do mosquito transmissor. Além disso, novos mutirões de limpeza e ações de fiscalização devem ser realizados em cidades com altos índices da doença.
A recomendação principal continua sendo a prevenção dentro das residências, evitando o acúmulo de água parada em vasos de plantas, pneus velhos, calhas e outros recipientes. A participação ativa da população é essencial para frear o avanço da dengue em São Paulo.