
O Confea (Conselho Federal de Engenharia e Agronomia) deu um passo decisivo para a modernização e desburocratização do setor com a implementação do Registro Único, um sistema que promete eliminar a necessidade de vistos regionais para profissionais atuarem em diferentes estados. A iniciativa, que tem o Crea-GO como primeiro a aderir ao modelo, deve ser expandida nacionalmente nos próximos meses.
“O Registro Único já é uma realidade no Sistema Confea/Crea, e o estado de Goiás é pioneiro nessa implementação. Vamos trabalhar para que essa inovação beneficie todos os engenheiros do país, garantindo mais agilidade e menos burocracia sem comprometer a segurança e integridade do Sistema”, afirmou o presidente do Confea, engenheiro Vinicius Marchese.
Atualmente, profissionais que desejam atuar fora do estado de seu registro precisam solicitar um visto específico junto ao Crea local, o que gera custos e trâmites administrativos. Com o Registro Único, essa exigência será eliminada, permitindo que o profissional tenha todos os seus dados e autorizações centralizados em uma plataforma digital integrada ao Gov.br.
“Queremos criar um ambiente padronizado e mais eficiente. O profissional terá uma experiência unificada, acessando a plataforma com a senha do Gov.br, enquanto a gestão dos registros permanece descentralizada nos Creas regionais, garantindo um atendimento ágil e responsivo”, explicou Marcelo Ferreira Pessoa, superintendente de Tecnologia e Inovação do Crea-SP.
A integração ao Registro Único será expandida nas próximas etapas, com os Creas da Bahia e de São Paulo previstos para aderir ao sistema em breve. Segundo o gerente de Projetos e Tecnologia do Confea, Eduardo Martins, o próximo passo será a implementação de pagamento centralizado na plataforma, tornando o processo ainda mais eficiente.
Marchese destacou que a iniciativa é resultado de um esforço coletivo entre Confea e os Creas regionais. “Estamos modernizando e desburocratizando a vida dos profissionais. Em breve, engenheiros de Goiás e de todo o Brasil poderão atuar livremente, sem a necessidade de vistos adicionais. Esse é um marco histórico para a categoria”, concluiu.