Uma pessoa que reside próxima dos pais de uma criança que estuda em uma creche localizada no bairro Paulicéia, em Piracicaba (SP), procurou a equipe do PIRANOT na última sexta-feira (04) relatando que a criança foi vítima de abuso infantil cometido por um professor da unidade.
De acordo com a moradora, o fato ocorreu no fim do mês de fevereiro, e que um Boletim de Ocorrência (BO) foi registrado, além de exames no Instituto Médico Legal (IML).
Segundo informações contidas no BO, a mãe relatou que vinha notando que a criança chegava “assada” da escola que frequenta, e em determinado momento, perguntou para sua filha se o pezinho havia parado de doer. A criança respondeu que o pezinho havia parado de doer, porém o que estava doendo no momento era suas partes íntimas apertadas pelo professor. A criança relatou que o ato ocorria durante o fim do período de sono da mesma.
Diante da resposta, a genitora foi no dia seguinte a escola e conversou com a diretora sobre o que havia acontecido. Em seguida a mãe levou a criança em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), onde foi examinada pelo médico plantonista.
O PIRANOT teve acesso aos exames, e nele foi constatado uma vermelhidão na região genital. A declarante foi orientada pelo Conselho Tutelar a registrar a ocorrência no Plantão Policial.
Segundo a mãe, a forma de tratamento com a família mudou após o ocorrido, tendo até comida negada por funcionários da escola, além de olhares de desprezo. A solicitação de vaga em outra escola foi pedida por ela, porém ainda aguarda vaga em outra instituição.
Também salienta que a criança teve acompanhamento psicológico para voltar a estudar, porém uma professora se negou a ficar com a criança por ser próxima do professor envolvido, sendo que de acordo com a mãe, possui filmagens do momento em que a docente se nega a ficar com sua filha. A família espera que o caso seja resolvido, e aguarda o avanço das investigações.
Nota da Secretaria de Educação na íntegra
“A Secretaria de Educação informa que, após conhecimento da denúncia sobre o ocorrido na Escola Municipal P.W.V, o professor foi afastado da unidade. A Pasta tomou todas as providências necessárias, e a família foi atendida pela supervisão da escola e por uma psicóloga do Naps (Núcleo de Apoio Psicossocial). O caso foi encaminhado para Corregedoria do Município para sindicância. A Secretaria de Educação acompanha o caso de perto.”
