O SBT estuda lançar seu canal de notícias, o “SBT News”. Há mais de 26 anos, o SBT foi parceiro na implantação da CBS Telenotícias no Brasil. A rede americana assumiu quase todo o jornalismo da emissora em troca de horas da grade noturna e da madrugada, com o objetivo de alavancar o canal na TV paga, que estava começando. Com isso, a Globo decidiu colocar no ar, com urgência, a “GloboNews”, em 1999, que se tornou o segundo canal de notícias do país. A CBS Telenotícias saiu do ar alguns anos após iniciar suas operações.
Para o novo canal de notícias, o SBT estuda usar os canais da Rede Mais Família, do empresário dono dos palhaços Patati e Patatá, que possui outorgas para canais em São Paulo e no Maranhão. Com isso, os palhaços poderiam ganhar espaço na grade do SBT, com a redução dos telejornais matutinos.
O conteúdo do SBT News seria gerado pelo jornalismo do SBT no Centro de Televisão da Anhanguera (CDT), em Osasco. O material e as imagens — inclusive ao vivo — seriam enviados para a Rede Mais Família, que os transmitiria por meio de canais abertos sob sua concessão. O mesmo conteúdo seria utilizado no streaming +SBT e em operadoras de TV a cabo, como faz a Record News, que é transmitida por meio da concessão da antiga Rede Mulher, em Araraquara, interior de São Paulo. Essa outorga pertence ao bispo Edir Macedo, que, dentro do limite legal de 10 concessões, também é dono da outorga da Rede Record em São Paulo.
Ou seja, a ideia é produzir o conteúdo nos estúdios do SBT e distribuí-lo entre canais abertos, TV a cabo e streaming, exatamente como faz a Record News.
Na negociação, os palhaços Patati Patatá voltariam a ganhar espaço na programação nacional do SBT.
Com isso, o SBT, assim como a Record, passaria a operar — indiretamente — dois canais de televisão aberta no país. A Globo questionou esse modelo na Justiça, mas foi derrotada, tendo em vista que cada cidadão brasileiro pode operar até 10 (dez), outorgas (concessões) de TV pública, em diferentes localidades, conforme a legislação vigente.