Pesquisa reforça ameaças de cloaking e como se proteger de cassinos online ilegais

Uma pesquisa recente da ENV Media expôs como sites de cassino online ilegais vêm utilizando uma técnica clandestina e sofisticada para enganar mecanismos de busca e usuários: o cloaking. Essa prática, além de ferir as diretrizes do Google, afeta diretamente o mercado regulamentado, expõe menores de idade ao jogo e mina a confiança nas instituições públicas.

Cloaking é uma técnica de SEO (Search Engine Optimization), ou otimização para motores de busca, maliciosa que apresenta um conteúdo para os mecanismos de busca, como o Google, e outro totalmente diferente para o usuário real. A pesquisa aponta que hackers usam essa estratégia para esconder páginas de cassinos ilegais sob domínios de alto prestígio, como sites de universidades e instituições governamentais.

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Um exemplo recente envolveu o site da Universidade Federal de Pernambuco, onde uma página clandestina de apostas apareceu como resultado principal para a palavra-chave “Tigrinho”, apelido do jogo Fortune Tiger. Quando clicado, o link redirecionava para um cassino offshore.

Enquanto os operadores licenciados no Brasil seguem rigorosos protocolos de segurança, verificação de identidade (KYC) e políticas de Jogo Responsável, os cassinos ilegais operam à margem da lei. O cloaking permite que esses sites clandestinos apareçam ao lado de marcas confiáveis nas pesquisas, criando concorrência desleal.

Segundo a política de jogo responsável do cassino online KTO, o processo de verificação KYC (Know Your Customer) vai além da simples identificação do usuário: ele também permite monitorar o comportamento dos jogadores e emitir alertas caso sejam detectados sinais de jogo excessivo ou necessidade de suporte. 

Em contraste, sites ilegais ignoram essas diretrizes, oferecendo bônus proibidos, promessas de ganhos irreais e permitindo o acesso de menores de idade, colocando em risco tanto os dados pessoais quanto a segurança dos apostadores.

A prática do cloaking se conecta diretamente a um problema ainda mais profundo: o universo das apostas ilegais, alvo atual de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) no Congresso Nacional.

No centro dessa investigação estão os chamados “cambistas de bets”. Eles atuam como intermediários, aceitando apostas para casas não legalizadas, frequentemente utilizando redes sociais para atrair jogadores com bônus agressivos e promessas de prêmios maiores.

Esses cambistas oferecem uma alternativa para menores de idade e apostadores bloqueados em plataformas legais. Pior: usam nomes semelhantes aos de sites regulamentados para gerar confusão.

A proliferação de cassinos ilegais reforça a importância de saber identificar uma plataforma confiável. Para apostar com segurança, procure websites com o domínio “.bet.br”: sites com esse sufixo seguem os padrões estabelecidos pela legislação brasileira e devem estar registrados no SIGAP. Além disso, certificados de segurança, com a presença de HTTPS e selos de auditorias independentes também são obrigatórios.

Apesar de o Google remover páginas que violam suas políticas de spam, o cloaking continua sendo um desafio cibernético global. Para combater essa ameaça, especialistas recomendam:

Embora o Brasil tenha dado um passo com a criação da Política Nacional de Segurança Cibernética (PNCiber), ainda falta uma estratégia robusta e coordenada para combater o cloaking. O uso indevido de domínios governamentais para promover jogos ilegais é uma grave ameaça à confiança pública e à integridade do mercado. Por isso, jogar apenas em cassinos online confiáveis e que reforcem a importância de jogar com responsabilidade é essencial.

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