Nas últimas três semanas, o mercado de entretenimento mundial ficou em alerta com os rumores de que a Paramount Global, controlada pelo bilionário David Ellison, herdeiro da gigante da tecnologia Oracle, preparava uma oferta bilionária para comprar a Warner Bros. Discovery — dona de canais como Warner Channel, Discovery, TLC, Animal Planet e HBO.
A especulação fez as ações da Warner Bros. Discovery subirem cerca de 40%, impulsionadas também por um suposto interesse da Netflix, que estaria estudando entrar na disputa.
Mas a proposta da Paramount — avaliada em R$ 250 bilhões (US$ 49 bilhões) — ficou bem abaixo do que os executivos da Warner esperavam. Segundo fontes da imprensa americana, a companhia acreditava que o valor justo de mercado estaria em torno de US$ 80 bilhões (R$ 420 bilhões).
A oferta foi rejeitada neste fim de semana, e a negociação ocorreu com a Bolsa de Nova York já fechada. Analistas acreditam que as ações da Warner Bros. Discovery devem abrir em forte queda nesta segunda-feira (13), refletindo a decepção dos investidores com o desfecho.
Apesar da recusa, o movimento reforça o poder financeiro do jovem David Ellison, de 41 anos, filho do bilionário Larry Ellison, fundador da Oracle. Ellison vem administrando a Paramount com total apoio da família, e estaria decidido a transformar o estúdio em uma potência capaz de competir com gigantes como Disney e Netflix.
O caso mostra como as fusões entre gigantes do entretenimento estão redesenhando o setor e impactando diretamente os consumidores — inclusive no Brasil, onde canais e plataformas de streaming dessas empresas estão entre as mais assistidas.






