Marcelo, policial civil: "segurança pública é um direito, mas também um dever"
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Marcelo, policial civil: “segurança pública é um direito, mas também um dever”

Rafael Fioravanti by Rafael Fioravanti
9 de outubro de 2020
in Entrevista PIRANOT
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Nascido em 20 de novembro de 1986, Marcelo Oliveira é policial civil e atua fortemente no submundo piracicabano, combatendo quase todos os tipos de crimes, desde apreensão de drogas a captura de foragidos. Formado em Direito pela Universidade Metodista de Piracicaba (Unimep), Marcelo integra a Polícia Civil desde os 28 anos de idade, influenciado pelo pai — o famoso Boiadeiro.

Na Polícia Civil, Marcelo iniciou seu trabalho no 1º Distrito Policial de Piracicaba. Após alguns meses, assumiu a equipe de furto e roubo de veículos da DIG (Delegacia de Investigações Gerais). Um ano e meio depois, mudou-se para a DISE (Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes), a delegacia especializada em combate ao tráfico, onde permanece até hoje.

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Foto: Andrey Moral/PIRANOT

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Foto: Wagner Romano / Jornal PIRANOT

Nesta entrevista concedida com exclusividade ao Jornal PIRANOT, Marcelo conta como ingressou na Polícia Civil, fala da ocorrência que mais o marcou, descreve a questão da segurança pública em Piracicaba, e passa um belo recado a todos os jovens que sonham em ingressar na polícia.

Sabemos que você possui um histórico policial na família, pois seu pai é policial. Mas quando é que surgiu em você esse sonho de entrar para a Polícia Civil?
Meu pai é policial civil há mais de 23 anos — quando ele ingressou na polícia, eu tinha de sete para oito anos — e, naquela época, eu já tinha decidido a minha profissão. Eu sempre me espelhei nele, sempre admirei e cresci na delegacia, acompanhando o trabalho dele de perto. Prestei o concurso da Polícia Civil quatro vezes — nas três primeiras eu não consegui entrar, mas na quarta deu certo. Ser policial civil sempre foi meu sonho de criança, e, no ano de 2014, eu comecei a trabalhar na Polícia Civil realizando esse sonho. Antes de ser policial civil, atuei como guarda civil e também passei duas vezes no concurso da Polícia Militar, porém nem cheguei a assumir, porque não dei continuidade no processo seletivo.

No começo, quando você finalmente ingressou na Polícia Civil, sua família externou algum tipo de “super proteção” ou a notícia foi recebida com certa naturalidade?
A preocupação da mãe sempre é constante. Ainda que todos estivessem já acostumados com a carreira do meu pai, obviamente gera um pouco de preocupação. Mas essa preocupação é menor se comparado à família dos meus amigos, às mães dos meus amigos, que vieram de profissões totalmente diferentes e que nunca tiveram experiências como eu já tive com o meu pai. Então nessa parte foi bem tranquilo.

De acordo com uma pesquisa elaborada pelo instituto Sou da Paz, agora em 2018, Piracicaba figura entre as cidades mais seguras do Estado de SP — no caso, entre os 138 municípios com mais de 50 mil habitantes, Piracicaba foi classificada em 4ª posição nesta pesquisa. Você sente realmente essa segurança nas ruas?
Os altos índices criminais e o clima de insegurança infelizmente existem em todo país. Há anos, valores vêm se invertendo, as leis ficando mais frouxas e os benefícios para infratores só aumentando. Isso tudo reflete em uma sensação de impunidade que acaba encorajando o indivíduo a praticar o crime. Piracicaba, assim como qualquer outro município do país, não está livre da violência, porém comparada às demais cidades proporcionalmente do mesmo tamanho e/ou com o mesmo número de habitantes, se destaca sim com um índice criminal abaixo dessas outras. Posso afirmar com absoluta certeza, e com conhecimento de causa, que os policiais desta cidade sem empenham ao máximo para prevenir crimes e elucidá-los, quando eles acabam por ocorrer.

Qual o ponto positivo e negativo de ser policial hoje em dia?
O ponto positivo é amar aquilo que você faz. Quem não tem amor de verdade pela profissão, não aguenta muito tempo aqui. É um trabalho de risco, estressante, desgastante, porém que traz uma boa sensação impagável de dever cumprido. Não há preço libertar vítimas de sequestro de um cativeiro; esclarecer um roubo e recuperar o bem da vítima; tirar criminosos de circulação e colocá-los atrás das grades. Já o ponto negativo é abrir mão de muita coisa devido à profissão. Policial é policial 24 horas — de final de semana, à noite, madrugada, feriado, não tem hora para trabalhar. Policial acaba perdendo um pouco a vida social, se distancia dos amigos e até da própria família. Ficamos, por exemplo, mais tempo com nossos colegas de trabalho do que em própria casa com nossa família. Hoje policial não pode frequentar qualquer lugar, pois corre risco de ser caçado e morto. Não se pode sentar para comer um lanche num barzinho sentado de costas para a rua. Dependendo do lugar em que reside, o policial tem que esconder a profissão e até chegar a secar as roupas dentro de casa, pois, caso o descubram, sua família corre riscos de represálias.

Você é formado em Direito pela Universidade Metodista de Piracicaba (Unimep). Como a sua formação contribui com o exercício da profissão?
Sim, eu ingressei no curso de Direito da Unimep em 2005, me formando bacharel em 2009. Nunca tive a pretensão de exercer advocacia ou alguma outra carreira jurídica. Iniciei a faculdade de Direito visando, de fato, ser policial civil. Como eu almejava ser investigador da polícia (e para isso, é necessário curso superior), acabei escolhendo Direito para justamente aproveitar esse conhecimento um pouco mais aprofundado da nossa legislação, o que com certeza contribuiu muito para minha formação como policial e, até hoje, me auxilia em situações que nos deparamos no dia a dia.

Há alguma passagem interessante na Polícia Civil que te orgulha e você faz questão de ressaltar?
Toda ocorrência é significante. Tirar uma arma de fogo das ruas, apreender drogas, fazer a prisão de procurados ou indivíduos em flagrante delito, recuperar o bem de uma vítima de furto ou roubo, esclarecer um homicídio, tudo isso são coisas corriqueiras em nosso dia a dia, porém muito gratificante. Mas uma ocorrência que me marcou muito foi o sequestro de um idoso de 77 anos. Ele foi arrebatado pelos criminosos e mantido em cativeiro durante mais de 60 dias, numa chácara em Jaguariúna, em um quarto escuro, acorrentado pelos pés como se fosse um bicho, em condições precárias, fazendo suas necessidades fisiológicas ali mesmo, sendo agredido com coronhadas e sofrendo tortura psicológica. Juntamente com outros colegas da Polícia Civil, eu tive o imenso prazer de prender dois sequestradores e estourar o cativeiro, libertando finalmente aquele senhor. Quando arrombamos aquela porta e o vimos naquele estado, vem ao mesmo tempo um mix de alegria por conseguirmos libertá-lo e de revolta de ver até onde a maldade, crueldade e a covardia do ser humano é capaz de chegar para obter uma vantagem financeira. Me recordo que assim que entramos no quarto, ele sorriu e nos disse “eu tinha certeza que vocês viriam”. Para mim, isso não tem valor no mundo que pague. Para ver o vídeo do cativeiro sendo estourado, basta clicar aqui.

Como a população piracicabana reage com a Polícia Civil nas ruas? Há bastante colaboração, ou você ainda enxerga um pouco de “timidez”?
As pessoas nos procuram diariamente na delegacia para fazer denúncias de maneira anônima, ou seja, sem vincular suas respectivas identidades com aquilo relatado. Muitas vezes, isso também é feito através de ligações para nossa unidade. Essa participação da população é extremamente importante, pois a cidade se expande muito rápido e a polícia não consegue estar em todos os lugares ao mesmo tempo. Então, o povo acaba sendo os olhos da polícia. Segurança pública é um direito, mas também um dever de todos. Se cada uma fizer a sua parte, denunciando criminosos, pontos de armazenamento de drogas, armas, autores de delitos já consumados, com certeza estão garantindo a própria segurança e a de seus familiares, pois aquele criminoso denunciado será preso e tirado de circulação. Infelizmente, parte da sociedade é um tanto irredutível e acaba se omitindo perante situações que deveria denunciar. A Polícia Civil sempre estará de portas abertas ao povo e irá checar todas a denúncias recebidas, sendo que naquelas que realmente sejam procedentes, irá atuar realizando a prisão dos criminosos.

Qual conselho você daria a um jovem garoto que sonha em entrar para a Polícia Civil?
Busque saber sobre a profissão. Ser policial nos traz muitas responsabilidades e uma decisão errada pode ser irreversível ou até mesmo custar uma vida. Infelizmente, vemos que muitas pessoas almejam entrar na polícia só para andar armado, desfilar de viatura para as menininhas ou, de repente, se autoafirmar perante outras pessoas, achando que está acima dos demais. Mera ilusão. Tudo o que menos precisamos é de gente assim. Ao contrário disso, um policial deve ser exemplo, pois a sociedade consequentemente irá se espelhar nele. Não há como autuar alguém que infringe a lei, se você também não a respeita. Mas para aqueles jovens que sonham em ser policial, que possuem o tirocínio no sangue e que estão dispostos a abrir mão de muita coisa em sua vida, só tenho uma coisa a dizer: não há nada melhor que ser policial. Estudem, se preparem e como consequência de seus esforços, esse sonho se concretizará. Como já diz aquela velha frase: “Faça aquilo que você ama e não terás que trabalhar um dia sequer”.

Foto: Wagner Romano / Jornal PIRANOT

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