A viralização no YouTube do vídeo que mostra o jornalista americano James Foley sendo decapitado pelo Estado Islâmico gerou polêmica. Em resposta às críticas dos que condenam o material, o site declarou hoje que só retira conteúdos nestas circunstâncias quando solicitado pelos usuários.
Segundo o YouTube, os arquivos só podem ser bloqueados quando houver violação às regras da comunidade. Contas de usuários que infringirem essas normas podem sofrer suspensões e até cancelamentos.
Para sinalizar um vídeo como impróprio ou ofensivo, basta clicar na bandeira que fica no lado direito da janela abaixo do vídeo e definir a violação. Assim, o arquivo é analisado por uma equipe que toma a decisão de retirar do ar ou não. Se for mantido, pelo valor jornalístico ou documental, o vídeo pode ganhar um aviso de advertência de imagens chocantes ou ser proibido para faixas etárias específicas.
Até as 14h de hoje, o YouTube já registrou mais de 67 mil pesquisas pelo nome do jornalista assassinado. Ao longo da tarde, segundo consulta da reportagem, parte dos links ficaram indisponíveis.
Confira abaixo o que o Youtube não tolera, segundo as normas do site:
– Sexo e nudez
Só são permitidos conteúdos que tenham caráter educativo ou científico.
– Apologia ao ódio
Criticar um país é permitido, mas não são aceitos ataques a grupos baseados em raças, etnias, religiões, deficiências, sexo, idade, orientação e identidade sexual
– Vídeos chocantes e repugnantes
Conteúdos sangrentos ou violentos que tenham a intenção de chocar, como o trecho que mostra a decapitação do jornalista, não são aceitos.
– Atos perigosos e ilegais
Vídeos que incitem a violência ou encorajem atividades perigosas ou ilegais, como a elaboração de bombas e treinamentos de terroristas. A única exceção são atividades documentais e educativas.
– Crianças
Vídeos com crianças que são sexualmente sugestivos e violentos não são autorizados na rede.
– Direitos autorais
Qualquer violação nos direitos autorais é condenada no YouTube.
O assunto já gerou polêmica também para o Facebook. No ano passado, a empresa declarou que conteúdos do gênero contribuem para expor abusos contra os direitos humanos e devem ser sinalizados como violentos e chocantes.
SE VOCÊ TIVER MAIS DE 18 ANOS, ASSISTA AO VÍDEO AQUI