A Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Ribeirão Preto (SP) informou nesta quinta-feira (05), que o ex-jogador de futebol Wellington Willian da Silva, achado morto em dezembro de 2018, foi vítima de um tribunal do crime, após ser apontado como autor de abuso sexual contra uma adolescente, em Araraquara (SP).
De acordo com o delegado Rodolfo Latif Sebba, responsável pela investigação, a mãe da garota foi presa por suspeita de encomendar uma vingança contra o ex-jogador. Ela teria procurado o líder de uma facção criminosa para pedir punição ao rapaz.
O chefe do grupo também foi preso nesta quinta-feira. A Polícia Civil acredita no envolvimento de mais pessoas no crime e busca identificá-las.
O corpo do jovem, de 27 anos, morador de Araraquara, foi achado no dia 12 de dezembro, em um canavial às margens de uma estrada de terra entre Ribeirão Preto e Jardinópolis (SP). Ele estava enterrado em uma cova rasa, tinha as mãos amarradas e uma corda no pescoço.
Investigação
Segundo o delegado, a polícia identificou a adolescente, de 12 anos, que teria sido abusada por Willian e usou a informação para delimitar a investigação. Em novembro, a mãe dela havia registrado um boletim de ocorrência por estupro de vulnerável.
“Havia uma situação de relação sexual envolvendo esse rapaz e uma adolescente do mesmo bairro. Conhecendo o modus operandi de facções que atuam na região periférica, começamos a traçar uma linha”, diz.
Com base na apuração, a polícia obteve provas contra a mãe da adolescente. “Ela nega envolvimento. No entanto, a gente tem ligações entre ambos, por meio do nosso serviço de inteligência, que comprovam que ela manteve contato com pessoas envolvidas com crimes, com disciplinas de uma organização criminosa da região”, afirma o delegado.
Os suspeitos vão responder por homicídio e ocultação de cadáver.
O caso
Segundo a família da vítima, Willian foi visto pela última vez no dia 10 de dezembro após jogar futebol com crianças que participavam de um projeto social mantido por ele no bairro Jardim Hortênsias, em Araraquara. Ele também jogava em três times amadores de futebol da cidade.
O rapaz esteve em casa, tomou banho e saiu. A família começou a ficar preocupada quando ele não apareceu para jantar na mesma noite e nem para almoçar no dia seguinte, como estava acostumado.
Durante as buscas, a família forneceu informações sobre o rapaz a unidades do Instituto Médico Legal (IML) e fez o reconhecimento do corpo em Ribeirão Preto.
Segundo a irmã, Suelen Neves, Willian tinha vários ferimentos no rosto e no restante da cabeça.
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