JEREMIAS WERNEK
PORTO ALEGRE, RS (UOL/FOLHAPRESS)
A Arena Porto-Alegrense, empresa criada para administrar o estádio do Grêmio, desligou uma série de funcionários nos últimos dias. A medida é muito semelhante à adotada pela direção do Allianz Parque, estádio do Palmeiras. Em Porto Alegre, no entanto, o quadro de colaboradores está “perto do zero”, de acordo com relato de pessoas ligadas à companhia.
A informação foi divulgada inicialmente pelo jornalista Pedro Ernesto Denardin, da Rádio Gaúcha, e confirmada à reportagem.
O jogo mais recente na Arena foi Grêmio x São Luiz-RS, pelo Campeonato Gaúcho, e ocorreu com portões fechados. Neste ano, o estádio recebeu seis partidas.
O Grêmio tem representantes na diretoria da SPE (Sociedade de Propósito Específico), mas a administração é independente e fora do clube. A diretoria gremista, inclusive, deve assumir o controle da Arena Porto-Alegrense no escopo do negócio da compra da gestão do estádio.
Questionada pela reportagem, a Arena disse que não iria comentar as informações sobre desligamentos.
Inaugurado em dezembro de 2012, o estádio é centro de uma negociação entre Grêmio e OAS há sete anos. O clube quer assumir o controle do dia a dia do equipamento e em troca também deve se responsabilizar pela dívida no BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Social). Em dezembro de 2019, o Grêmio avançou em acordos com credores e também em readequação de TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) em relação ao meio ambiente no entorno da Arena. A virada do ano esfriou as tratativas.
O Grêmio pretende manter a Arena POA como gestora do estádio. A ideia dos dirigentes é contratar um gerente geral específico para o equipamento.