A atividade econômica mostra sinais de recuperação e cresce 4,89% em junho, segundo o indicador IBC-Br do Banco Central divulgado nesta sexta-feira (14). Os níveis, no entanto, ainda estão abaixo dos registrados antes da pandemia do novo coronavírus. Em relação a junho de 2019, houve queda de 7,05%.
A crise fez com que a atividade econômica brasileira despencasse 9,73% em abril, que teve o pior nível desde outubro de 2006 e maior variação entre um mês e outro desde o início da série histórica, iniciada em 2003.
Maio já trouxe resultado positivo em relação a abril, de 1,3%, mas ficou aquém das expectativas do mercado, que era de 4,5%. Em março, já sob efeito da pandemia, houve redução de 5,90% no setor produtivo.
O número foi calculado com ajuste sazonal (que remove particularidades do período, como número de dias úteis, por exemplo) para facilitar a comparação com outros meses.
No primeiro semestre do ano, houve retração de 6,28% na atividade. Já no acumulado dos últimos 12 meses, o índice mostrou queda de 2,55%.
No segundo trimestre, a queda na atividade chegou a dois dígitos e foi de 10,94% em relação ao primeiro trimestre do ano, puxado pelo resultado de abril. Na comparação mesmo período do ano anterior, a redução foi ainda maior, de 12,03%.
O IBC-Br mede a atividade econômica do país e é divulgado desde março de 2010. Ele foi criado para auxiliar em decisões de política monetária, já que não existe outro dado mensal de desempenho do setor produtivo.
O indicador do BC leva em conta o desempenho dos principais setores da economia: indústria, agropecuária e serviços.