
Hoje, dia 14 de setembro de 2023, marca o segundo ano do trágico acidente aéreo que comoveu a cidade de Piracicaba (SP) e ceifou a vida do empresário Celso Silveira Mello Filho, sua esposa Maria Luiza Meneghel Silveira Mello, seus três filhos gêmeos, Celso Meneghel Silveira Mello e Fernando Meneghel Silveira Mello, além de Camila Meneghel Silveira Mello Zanforlin. Também a bordo estavam o piloto Celso Elias Carloni e o copiloto Giovanni Dedini Gullo.
O fatídico acontecimento teve início na manhã daquela data, quando o avião ocupado pelos sete passageiros decolou do Aeroporto de Piracicaba (SP). No entanto, segundos após a decolagem, por volta das 09h, a aeronave caiu em uma área verde próxima à matriz da Raízen, no Parque Tecnológico da cidade no bairro Santa Rosa e se incendiou, resultando na perda de todas as vidas a bordo. O destino planejado do voo era o Pará, onde a família participaria de eventos em uma faculdade da qual era acionistas.
A comunidade local se uniu em solidariedade, com aproximadamente 100 pessoas mobilizadas no local para prestar assistência. Na época, o prefeito Luciano Almeida decretou luto oficial de três dias em memória das vítimas.
As equipes de resgate, incluindo o Corpo de Bombeiros, a polícia e a aeronáutica, trabalharam incansavelmente durante todo o dia do acidente no local da queda. A aeronave envolvida no incidente era um bimotor modelo King Air B200, ano 2019, com prefixo PS-CSM. A investigação sobre as causas do acidente ficou sob responsabilidade da Polícia Civil e do Seripa de São Paulo, órgão regional do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa).
A investigação
A análise dos destroços da aeronave envolvida no acidente foi concluída, conforme informado pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), da Força Aérea Brasileira (FAB). O acidente aéreo, que deixou sete mortos entre tripulação e passageiros, ocorreu em uma área de mata no bairro Santa Rosa, logo após a decolagem do Aeroporto Pedro Morganti com destino ao Pará.
Segundo o painel do Sistema de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Sipaer), onde as informações sobre a investigação do Cenipa são divulgadas, a aeronave foi liberada da investigação, mas os trabalhos ainda estão em andamento. A liberação da aeronave representa o encerramento das buscas por informações nos destroços. Desse modo, os procedimentos seguem com foco nas análises dos dados colhidos.
O sistema da Aeronáutica também aponta que a aeronave está destruída, como foi possível observar em imagens do acidente, que causou uma explosão e um incêndio no local. Segundo a FAB, a classificação como “destruída” significa que esses danos tornaram inviável recuperá-la para voo, mas isso não representa, necessariamente, o grau de dificuldade para análises de seus destroços.
O Cenipa informou também que a conclusão das investigações terá o “menor prazo possível”, dependendo da complexidade da ocorrência. Essa apuração tem objetivo de prevenir que novos acidentes com características semelhantes aconteçam. Ao fim dos trabalhos, o órgão emite uma recomendação de segurança, o que não foi feito neste caso até agora.
Conforme o painel Sipaer, até agora aproximadamente 55% da investigação foi desenvolvida. Estão sendo feitas pesquisas e análises sobre os componentes e sistemas da aeronave, além de desempenho técnico do ser humano e aspectos psicológicos. Também estão sendo examinadas questões de segurança, como a operação da aeronave, manutenção e reparos.