JCARDOSO | Ao filmar “reality” sobre família, ‘Alê’ pode ter tido dificuldade de separar o PJ do PF; Quem hoje consegue?

Análise do jornalista Júnior Cardoso





Sempre nos bastidores, é fato que Alexandre Corrêa foi fundamental para construir a persona jurídica ‘Ana Hickmann’.





O PIRANOT lamenta o ocorrido com Ana Hickmann. Infelizmente, já estávamos acompanhando algumas situações relacionadas a vídeos postados pela equipe da apresentadora em uma espécie de reality-show, onde os fãs pediam ‘atenção’ ao comportamento de Alexandre Corrêa.

Entendo o quanto é desgastante, de todas as formas, quando precisamos administrar algo público, e, como disse Brito Jr., Alexandre sempre se comportou como um ‘cão de guarda’, um cuidador, do produto ‘Ana Hickmann’. Isso não significa que ele falava de sua esposa, mas sim da pessoa jurídica.

Juntos, o casal construiu muitas coisas, bem como enfrentou muitos desafios. Não sei em que teor os vídeos de Alexandre exaltado foram postados pela equipe da apresentadora, que é gerida pelo próprio Alexandre, mas eram um alerta de que não estava legal.

É claro que esperamos o melhor para o casal, bem como para o filho. Não sei o que dizer sobre a vida pessoal de ambos, mas espero, e o PIRANOT deseja, o melhor.

Nenhum tipo de violência física ou psicológica, seja entre casais ou não, é aceita. Inclusive, é crime, inclusive a psicológica.

Admiro o que foi construído publicamente pelo casal, admiro como conseguiram até aqui gerir suas vidas pessoais com trabalho e fizeram isso com primor, separando muito bem o lado pessoal do profissional. No entanto, parece que algo se misturou em algum momento, talvez quando começaram a transformar a vida num reality-show para as redes sociais. E quando acaba o ‘reality’ e volta a vida das pessoas físicas e não mais jurídicas? Não sei, mas confesso que tem sido para mim uma luta insana psicológica o atual momento da comunicação com as redes sociais.

Espero o melhor para Ana e, também, dentro do possível (repito), para Alexandre. Acredito que algo possa ter se misturado. A PJ com a PF. O personagem público do marido e a postura firme do empresário entraram em casa. Na minha opinião e análise, entraram quando o casal, por causa do que é as redes sociais, passou a fazer o reality da família.

Alexandre não é comunicador e, não é que um comunicador é falso ou uma mentira, mas ele sabe a hora que está trabalhando e entrega o que precisa ser entregue ou, também acontece, não entrega, pois isso ‘não é ele’. ‘Alê’ acreditou, ainda na minha análise, que precisava manter a postura firme para quando, como empresário, sentasse nas mesas de negociações ou questionasse algo seja numa nota de ‘fofoca’ ou em um processo na Justiça, ter esse grau de ‘firmeza’. Um comunicador sabe quando começa a entrega, a hora que pede orientação, o que questiona, quando a câmera ligou ou não, sabe dos seus limites e dos seus pontos de caráter e ética, e etc.

Alê, que não é da comunicação, mas sim um grande empresário, pode ter tido dificuldades nisso. Não é a área dele e pode ter tido dificuldade de ‘desligar’ a ‘PJ’, que é a pessoa jurídica, e voltar para a PF, ou seja, a pessoa física. Eu acho que isso pode ser muito possível.

Agora, faço uma pergunta: quem consegue hoje se desligar ‘bem’ da PJ? Eu mesmo já estou separando o trabalho em um celular e o pessoal em outro. Desligar da PJ está quase impossível hoje, embora eu ache que já é impossível.

Espero, novamente, o melhor para Ana e, também, dentro do possível (repito), para Alexandre, mas minha opinião sobre relacionamentos, de maneira geral, é que uma vez que há agressão ou traição, alguma falha que o outro ache forte, no mínimo, muda muito a convivência. Minha opinião é que ‘o amor muda’, o ‘relacionamento muda’.





Obrigado por ler este post!

Sair da versão mobile