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O delegado do caso Cariani, Fabrizio Galli, em entrevista para a Globo News, revelou mais detalhes da fabricação de crack por uma organização criminosa que envolve o influencer Renato Cariani e seus sócios. Nas redes sociais, seguidores séticos do treinador famoso tem tentado impedir o trabalho da imprensa e distorcido os fatos para defender ele, obrigando que a Polícia Federal tenha que vir à público dar entrevista e falar de detalhes do que ela tem considerado organização criminosa.
Segundo o delegado, a operação Crackdown foi deflagrada após um ano de investigação, que começou com a apreensão de 50 quilos de crack em um caminhão que transportava produtos da empresa Cariani Pharma, da qual Renato Cariani é sócio. A empresa é suspeita de desviar toneladas de ácido fenilacético, um insumo controlado pela Anvisa, para produzir entre 12 e 16 toneladas de crack por mês, movimentando cerca de R$ 200 milhões.
O delegado afirmou que Renato Cariani não é apenas um laranja, mas um dos líderes da organização criminosa, que contava com a participação de outros três sócios, que foram presos na operação. Ele disse que o influencer usava sua imagem pública para divulgar os produtos da empresa, que eram vendidos como suplementos alimentares, mas na verdade eram uma fachada para a produção de drogas.
O delegado também disse que a Polícia Federal encontrou indícios de lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e sonegação fiscal na empresa de Cariani, que faturou quase R$ 1 bilhão em 2022, segundo dados da Receita Federal. Ele disse que a investigação vai continuar para identificar outros envolvidos no esquema, que pode ter ramificações internacionais.
O delegado lamentou que a Justiça Federal de São Paulo tenha negado o pedido de prisão de Renato Cariani, que segue em liberdade. Ele disse que a decisão foi baseada em argumentos frágeis, como o fato de Cariani ter residência fixa e não ter antecedentes criminais. Ele disse que vai recorrer da decisão e pedir a prisão preventiva do influencer, que representa um risco para a sociedade e para a ordem pública.
O delegado também criticou a postura de alguns seguidores de Renato Cariani, que têm feito ataques nas redes sociais contra a Polícia Federal e a imprensa, tentando desqualificar as provas e as acusações contra o influencer. Ele disse que essas pessoas estão sendo manipuladas por uma máquina de propaganda, que usa a popularidade de Cariani para enganar e iludir seus fãs. Ele disse que a Polícia Federal está cumprindo seu papel de combater o crime organizado e que espera que a Justiça faça o mesmo.
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