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A nova pesquisa do Instituto Paraná revelou e consolidou a dificuldade da extrema direita em Piracicaba. Mesmo com o apoio de Jair Bolsonaro, o pré-candidato a prefeito Alex Madureira (PL) teve um crescimento muito menor do que o esperado por toda a classe política e o eleitorado. Além disso, Madureira também perdeu uma peça fundamental nesta caminhada: Coronel Adriana, cotada para compor chapa com ele, agora apoia o Paulo Campos, do pardido de centro Podemos.
Em entrevista ao PIRANOT ontem à noite (03), Coronel Adriana falou abertamente sobre seu novo movimento e comentou sobre a percepção de enfraquecimento da extrema direita em Piracicaba, núcleo que ela fazia parte até alguns dias atrás. “Eu estou muito tranquila, pois o candidato do meu partido PODEMOS, Paulo Campos, permanece em segundo lugar e é o que tem a segunda menor rejeição. Ele está no páreo e tem plenas condições de estar no segundo turno,” disse. “É para isso que vamos trabalhar. Juntos PODEMOS fazer mais por Piracicaba!” declarou ela que até alguns dias atrás estava aparecendo em eventos e fotos públicas ao lado de Madureira, com quem deveria compor uma chapa e ser candidata a vice-prefeita.
Coronel Adriana deve ser candidata para a Câmara de Vereadores pelo Podemos e ajudar Paulo Campos como líder de governo, caso ambos sejam eleitos. A filiação dela foi assinada nos últimos dias, pegando todos de surpresa.
Sem Adriana na pesquisa, que aparecia em terceiro lugar com 6,8% dos votos, o deputado Madureira, que figurava em quinto lugar, subiu para o terceiro, saindo de 6,1% para 8,4%. Esses novos números já trazem o reflexo do apoio de Bolsonaro para Madureira em um mega evento com, segundo a assessoria dele, sete mil pessoas, em um clube de Piracicaba, no começo do mês passado.
Números complicados
A pesquisa do Instituto Paraná aponta ainda que a extrema direita não ganharia votos significativos nem se candidatos de direita deixassem a corrida. É o que mostra o cenário 02 da pesquisa, que estimulou o eleitor a escolher uma opção caso Helinho Zanatta (PSD), que é de direita, não concorresse. Neste caso, a maior parte dos votos vai para o candidato de centro-direita, Barjas Negri, e uma outra parte para Paulo Campos, que, como já dissemos, é de centro. Apenas 0,7% dos votos iriam para Madureira, que passaria de 8,4 para 9,1% dos votos. Outros 0,6% iriam para Professora Bebel, do PT, partido que tem operado como centro-esquerda e, não mais, tecnicamente, no campo esquerda. Luciano Almeida também ganharia 0,6% dos votos no caso dessa desistência. Ele está no PP, partido que é de centro.
Nesse cenário sem Zanatta, Barjas Negri venceria com quase 52% dos votos em primeiro turno. Considerando os votos válidos, Barjas poderia ter mais de 60% dos votos, excluindo a margem de erro. Ou seja, em todos os cenários, a situação de Madureira continua complicada.
Helinho Zanatta é o candidato menos rejeitado da pesquisa, com apenas 9% dos entrevistados declarando que não votariam nele. Luciano Almeida lidera a lista de rejeição, com 58%, seguido por Bebel, com 15%, e Barjas Negri, com 13%. Alex Madureira tem 12% de rejeição, enquanto Paulo Campos apresenta apenas 10%.
A pesquisa não consultou o eleitor se Barjas Negri não concorresse, pois neste momento o ex-prefeito recorre no Supremo Tribunal Federal e os processos que ele responde ainda não tiveram o trânsito em julgado encerrado. Por tanto, Barjas pode concorrer e assumir um novo mandato, desde que o trânsito em julgado não termine até o dia da posse. Caso o trânsito em julgado se conclua após a posse, Barjas não poderia concorrer a uma reeleição, mas não deixaria o poder até o fim do seu possível quarto mandato.
Como já estamos em maio e o STF parece que não está com pressa para ver essa situação de Barjas, a chance dele ser impedido de concorrer e assumir é quase nula. Por outro lado, Barjas tem apoio da população e, se opar ao direito da população em escolher quem ela quer nas urnas, tem soado junto ao eleitorado, “imoral”. Os pré-candidatos que tentam criticar Barjas tem usado frases como “eu sou ficha limpa”, mas não sente clima para falar o que quer falar.
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