
O prefeito de Piracicaba, Luciano Almeida (PP), retornou à cidade na tarde desta terça-feira (09), segundo informou sua assessoria. Ele estava participando de um fórum em Belo Horizonte (MG), onde representava a Ares PCJ, da qual é presidente. A decisão foi tomada devido à grave crise ambiental que afeta a cidade desde domingo, com a mortalidade em massa de peixes no rio Piracicaba.
Almeida, que estava em Belo Horizonte, emitiu uma nota no dia do incidente e, na noite de ontem, em tom grave, repudiou as acusações de adversários de que estaria negligenciando a situação. Ele destacou que, mesmo à distância, estava monitorando os acontecimentos e coordenando ações para enfrentar a crise.
Com o agravamento da contaminação no rio Piracicaba, o prefeito embarcou na manhã de hoje no Aeroporto de Confins. A medida visa reforçar a coordenação das ações emergenciais e dar uma resposta mais efetiva à população.
Em conversa com o presidente da Cetesb, Luciano Almeida informou que a suspeita é de que a contaminação tenha origem no ribeirão Tijuco Preto, um dos afluentes do rio Piracicaba. “Estamos aguardando o laudo e ele deve sair na quarta ou quinta-feira”, afirmou o prefeito. A contaminação já está atingindo novas áreas, como a região de Artemis, zona rural norte de Piracicaba, e pode chegar ao Tanquã, conhecido como o mini-pantanal paulista.
A CPFL Energia anunciou que abrirá as comportas da usina hidrelétrica da Lagoa Azul, em Americana, para aumentar o fluxo de água e ajudar a diluir a contaminação. Esta ação é uma tentativa de minimizar os danos ambientais e evitar uma catástrofe maior.
O Ministério Público recebeu uma denúncia por crime ambiental, que também possui conotações político-partidárias. Até o momento, não houve um pronunciamento oficial sobre a abertura de uma investigação contra o governo de Luciano Almeida. Esta é a segunda ocorrência de mortandade de peixes no rio Piracicaba somente neste ano, o que gerou críticas da oposição, que acusa o prefeito e sua equipe de negligência em relação ao meio ambiente.
Luciano Almeida enfatizou seu compromisso com a resolução da crise e com a proteção do meio ambiente. “Estamos tomando todas as medidas possíveis para conter a contaminação e evitar mais mortes de peixes. Aguardamos os resultados das investigações para determinar as causas exatas e responsabilizar os culpados”, afirmou.