Em julho deste ano, a CNBB lançou a “Cartilha de Orientação Política”, cujo tema é “A esperança não decepciona” (Rm 5,5). Inspirada pelo Jubileu da Esperança, convocado pelo Papa Francisco, a cartilha visa formar uma consciência política saudável entre os fiéis, motivando a participação no processo eleitoral.
Dom Geremias Steinmetz, arcebispo de Londrina e presidente da Regional Sul 2 da CNBB, destacou a intenção de ajudar na formação política da população: “Precisamos ajudar a formar o pensamento do nosso povo, o esclarecimento político do nosso povo, para que deixemos de vez polarizações políticas, compra de votos, tantas ideologias que não ajudam a construir o ser humano. Nosso objetivo é construir o ser humano, construir uma sociedade justa, fraterna, solidária e para isso é que a melhor política”, afirmou.
Dom Reginei José Modolo, bispo auxiliar de Curitiba, ressaltou que a Igreja busca contribuir para o processo eleitoral com base nos valores do Evangelho: “Ao anunciar princípios e valores, e não candidatos ou partidos, a Igreja tem claro que não cabe a ela substituir a consciência de ninguém. Cabe a ela ajudar a sociedade como um todo a formar uma consciência que seja consistente com os princípios e valores cristãos: a dignidade humana, a fraternidade social, a solidariedade, o bem comum”.
A Mobilização dos Eleitores
A CNBB e as igrejas evangélicas desempenham papéis complementares na orientação e mobilização dos eleitores. Ambas as instituições destacam a importância da participação ativa no processo democrático e o voto consciente como meio de promover o bem comum e a justiça social.
A cartilha da CNBB aborda questões como a defesa da vida, desde a concepção até o fim natural, respeito às diferenças, cuidado com o meio ambiente e combate à desinformação. Esses tópicos são discutidos em comunidades e grupos de estudo, com o objetivo de formar eleitores bem-informados e engajados.
O voto cristão/evangélico é uma força poderosa nas eleições brasileiras. Através da orientação pastoral, grupos de influência e o uso eficaz das mídias sociais, essas comunidades se organizam para garantir que seus valores e prioridades sejam representados no cenário político.