O cantor Gusttavo Lima, que recentemente teve sua prisão preventiva decretada pela Justiça brasileira, permanece no centro de uma série de polêmicas, levando o público a rever até os detalhes sobre a construção de um aeroporto particular em sua fazenda, em Goiás. Além de seu sucesso na música sertaneja, o artista está sendo investigado por supostas ligações com esquemas de lavagem de dinheiro relacionados a apostas online e jogos ilegais. Ele é apontado como um dos sócios da plataforma de apostas “Vai de Bet”, na qual detém 25% de participação.
De acordo com as investigações conduzidas pela Polícia Civil de Pernambuco, que também resultaram na prisão da influenciadora Deolane Bezerra, Gusttavo Lima está envolvido em atividades suspeitas ligadas a essas plataformas, que movimentam grandes quantias de dinheiro de origem duvidosa. O processo tramita em segredo de justiça, e as autoridades estão focadas em desvendar a complexa rede de transações financeiras por trás dessas operações.
Nesta segunda-feira (23), a Justiça expediu uma ordem de prisão preventiva contra o cantor, após suspeitas de que ele teria utilizado seu jato particular para transportar outros investigados que estão foragidos. Entre eles, empresários ligados ao setor de apostas, que teriam deixado o Brasil com a ajuda de Lima, na tentativa de escapar da investigação.
O cantor, no entanto, não está no país. Informações indicam que ele embarcou para Miami, nos Estados Unidos, poucas horas antes da emissão da ordem de prisão. Seu paradeiro exato ainda não foi confirmado, mas sua equipe de advogados já solicitou habeas corpus para evitar a detenção no retorno ao Brasil. Segundo a defesa, Lima não pretende interferir no andamento das investigações, mas a Justiça brasileira acredita que o cantor poderia usar sua influência para dificultar o processo.
Além das suspeitas de envolvimento com lavagem de dinheiro, Gusttavo Lima já vinha enfrentando controvérsias devido aos altos cachês pagos por prefeituras para seus shows, especialmente durante o período eleitoral de 2022. Valores que ultrapassam R$ 1 milhão por apresentação geraram indignação e questionamentos sobre o uso de recursos públicos, levantando ainda mais suspeitas sobre a relação entre o cantor e figuras poderosas no mundo político e empresarial.
As investigações continuam, e o caso pode revelar novas informações que comprometam ainda mais a imagem do cantor e de outros envolvidos.