O Museu do Louvre, um dos mais renomados e visitados do mundo, reabriu suas portas nesta quarta-feira (22), apenas três dias após um audacioso roubo de joias. A ação criminosa, que envolveu ao menos quatro suspeitos ainda à solta, chocou o mundo e mobilizou as autoridades francesas.
Na manhã de domingo, os ladrões invadiram o museu utilizando um guindaste para romper uma janela da Galeria de Apolo, lar de peças que pertenceram à realeza francesa. Em uma operação que durou apenas sete minutos, eles subtraíram joias da coroa avaliadas em aproximadamente 88 milhões de euros, equivalentes a mais de R$ 550,2 milhões.
A descoberta do roubo na segunda-feira (20) levou ao fechamento imediato do museu e ao reforço da segurança, com a presença de guardas armados e cães farejadores. O ministro do Interior francês determinou o aumento da vigilância em museus e instituições culturais em todo o país.
Apesar do trauma, o Louvre retomou suas atividades, recebendo visitantes sob forte esquema de segurança. Turistas que planejavam a visita e foram pegos de surpresa com o fechamento inicial expressaram frustração pela falta de aviso prévio, gerando reclamações.
Entre as joias roubadas, destaca-se a coroa da imperatriz Eugênia, esposa de Napoleão III, adornada com 1.354 diamantes e 56 esmeraldas. Uma das peças, a coroa da imperatriz Eugênia, foi recuperada danificada em uma rua próxima ao museu. Outras peças importantes ainda estão desaparecidas, como a coroa com safiras e quase 2.000 diamantes, o colar com safiras do Sri Lanka e diamantes da rainha Maria Amélia, além de colar e brincos com esmeraldas e diamantes da imperadora Maria Luisa. Curiosamente, o valioso diamante Regent, avaliado em US$ 60 milhões, não foi levado.
As investigações estão em andamento, com a análise de imagens de câmeras de segurança e o interrogatório de funcionários. As autoridades consideram diversas hipóteses, incluindo a participação de alguém de dentro do museu e a possibilidade de o roubo ter sido encomendado por um colecionador. A ligação com o crime organizado também não foi descartada.
O presidente francês prometeu empenho máximo para recuperar as joias e punir os responsáveis.





