Uma experiência imersiva inédita mergulha o público na história e nas vivências do povo indígena Mura, originário da Amazônia. A exposição, intitulada “Amazônia Imersiva: narrativas indígens”, foi inaugurada no Centro de Realidade Estendida da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) e permanece aberta ao público até o dia 11 de novembro. A entrada é gratuita.
Idealizada por Humberto Salgueiro, ex-aluno da PUCPR, a mostra conta com a criação dos irmãos e músicos Darlison e Lucas Meireles, também ex-alunos da instituição e descendentes do povo Mura, que vivem no norte do Paraná. A exposição busca promover um intercâmbio cultural, trazendo a história do povo Mura para o público.
Para participar da experiência, é necessário agendar data e horário da sessão através do oficial do evento. A classificação etária é livre.
A exposição combina tecnologia imersiva com o conhecimento dos irmãos Meireles, utilizando projeção 360º, cenografia e iluminação especiais, além de aromas que remetem à floresta. A iluminação interage com o som, simulando a floresta com sons de pássaros e animais diurnos, que se transformam ao entardecer em cantos de grilos e sons de animais noturnos.
A mostra aborda a chegada dos europeus à Amazônia, os impactos sobre o povo Mura e sua dispersão. Os idealizadores planejam levar a exposição para outras regiões do Paraná e do Brasil.
O projeto foi viabilizado por meio da Lei Aldir Blanc de Incentivo à Cultura e é financiado pelo estado do Paraná. A realização é da produtora Click Arte Cultura e Educativos e do coletivo Puxirum, palavra que significa trabalho coletivo na língua Mura.
O povo Mura ainda vive na Amazônia, especialmente na localidade de Autazes, no estado do Amazonas, próximo ao Rio Madeira. A exposição tem como objetivo ser um instrumento de educação ambiental e valorização da cultura indígena. Na abertura, estudantes de escolas públicas se mostraram entusiasmados com os aromas e puderam conhecer elementos da natureza, como o Pau-brasil.

