A CPFL (Companhia de Força e Luz) que só em 2015 já teve que pagar R$ 3,2 milhões em multas para clientes devido à demora em restabelecer a energia elétrica, terá que prestar esclarecimentos à Arsesp (Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo). O órgão, vinculado à Secretaria de Governo, que também atua, por meio de delegação da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), quer explicações para a demora, em alguns casos de até 70 horas, para reestabelecer a energia elétrica em algumas cidades após o temporal da última terça-feira (08).
Em nota enviada para a imprensa nesta sexta-feira (11), a Arsesp diz acreditar que houve falhas no serviço da CPFL, mesmo com o temporal sendo um evento atípico. “Um elevado número de casos com excessiva demora para restabelecimento de energia aponta para a existência de falhas nas medidas preventivas e corretivas das concessionárias”, traz a nota. Um dia após o temporal, a CPFL ressaltou que este teria sido “um dos maiores temporais registrados pela empresa desde que assumiu a concessão no interior paulista”.
Ontem 10 mil pessoas nas regiões de Piracicaba, Americana e Campinas ainda estavam sem energia. Alguns empresários e pessoas físicas registraram boletins de ocorrência contra a CPFL após perderem alimentos.
A Aneel define limite de 12,2 horas de corte para área urbana e 16,6 horas para áreas não urbanas em casos críticos, como temporais.