Ontem (10), a equipe do PIRANOT recebeu, por telefone, uma denúncia que está se tornando mais constante a cada dia que passa: o despreparo de alguns ônibus para receber cadeirantes, em Piracicaba.
Por meio de uma denúncia recebida pela leitora Juliana, no sábado passado, dia 3 de fevereiro, o ônibus 1100-23 — responsável pelo bairro Bosques do Lenheiro — não tinha condições adequadas de transportar um cadeirante.
Tudo começou quando o ônibus, por volta das 16h30, parou no ponto à esquina da Escola Municipal Prof Benedito de Andrade para que nossa denunciante descesse. E assim que ela desceu do ônibus, deparou-se com uma senhora no ponto, acompanhada da filha cadeirante, que esperava para subir.
O motorista, porém, negou-se a transportar a cadeirante, explicando que o sistema de elevação de cadeira de rodas estava quebrado. A fim de provar, o motorista até se deu ao trabalho de sair do ônibus e mostrar que o elevador não funcionava.
Mais tarde, a história mudou e o motorista passou a dizer que estava sem a chave.
Quando questionado por nossa denunciante se haveria a possibilidade de pegar a cadeirante e prendê-la no banco com o cinto de segurança para que pudessem seguir viagem, o motorista também se negou a fazê-lo. Segundo o motorista, ele não queria correr o risco de ter possíveis problemas com a cadeirante a bordo do transporte.
Assim, o ônibus fechou a porta e seguiu viagem.
Para a equipe do PIRANOT, a denunciante contou que o episódio todo foi “um descaso imenso com a cadeirante”, e disse também que não é a primeira vez que vê isso acontecer.
“Se o motorista está querendo fazer tudo certinho, já começou errado, porque se o ônibus tem adesivo dizendo que é preferencial para cadeirante, era para estar rodando normalmente”, disse ela à nossa equipe.
Minutos depois, a alguns metros de distância do ponto de ônibus onde ocorreu o episódio, a denunciante flagrou a cadeirante e sua mãe descansando sob o toldo de um estabelecimento, na sombra. Ela comentou que estava ali na sombra para que o corpo de sua filha esfriasse um pouco, caso contrário o sol poderia provocar nela uma série de convulsões.
“Aí fica minha pergunta para a Via Ágil”, disse a denunciante. “Achei que os ônibus eram fiscalizados antes de sair às ruas, mas agora já vi que não”.
Não sabemos como a cadeirante e sua mãe fizeram para chegar ao seu destino. Elas residem à Rua Francisco Petoni Zielo (antiga 51), no Bosques do Lenheiro.
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Futuramente, estaremos fazendo uma análise de todos os relatos recebidos.
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