Durante sua campanha presidencial, Luiz Inácio Lula da Silva fez questão de reforçar a importância dos pequenos e médios empresários para a economia brasileira. Ele destacava que esse grupo representava mais de 60% do PIB, que os MEIs e autônomos eram o futuro do mercado de trabalho e que seu governo estaria ao lado desses trabalhadores. Mas, passados mais de dois anos de gestão, a realidade é outra: o governo continua obcecado com a carteira assinada e fecha os olhos para a nova e atual economia.
A mais recente demonstração desse distanciamento veio com a proposta de criar uma venda de combustíveis mais baratos direto para empresas (entende-se: grandes empresas, visando o controle da inflação e do custo de vida), ignorando completamente os pequenos negócios e trabalhadores autônomos, que são os mais afetados pela alta dos combustíveis.
Seja por falta de visão ou por escolha política, Lula parece ter se perdido no discurso e continua insistindo em tratar a sociedade como se o Brasil ainda fosse o mesmo de 20 anos atrás. Enquanto isso, nas pesquisas de aprovação, sua popularidade afunda. Ele e alguns aliados próximos acham que aprovar R$ 5 mil com isenção de Imposto de Renda aumentará a popularidade, mas não precisa ser inteligente para saber que será o novo escândalo da suposta “taxação do PIX”.
O motivo? O valor mensal de faturamento de cadastrados como MEI é de R$ 6.750, e não precisa gerar Nota Fiscal. Sabe-se que a Receita Federal tem tolerância de, pelo menos, três vezes mais, que o valor declarado. Ou seja, quase R$ 20 mil em transação simples.
A ilusão da carteira assinada e o novo mercado de trabalho
Desde que assumiu, Lula tem insistido em um modelo ultrapassado de mercado de trabalho, onde o emprego formal e a carteira assinada são a única forma de sucesso econômico.
🔹 A realidade é outra: o Brasil viu uma explosão no número de MEIs, freelancers, autônomos e pequenos empresários nos últimos anos. Isso não é apenas uma tendência, mas uma mudança estrutural do mercado.
🔹 Os números falam por si: O Brasil ultrapassou 15 milhões de MEIs registrados e a formalização via CNPJ tornou-se a única alternativa para milhões de brasileiros diante da falta de vagas formais e da burocracia sufocante para quem tenta empreender.
🔹 O governo não quer enxergar: enquanto setores modernos da economia se adaptam a essa nova realidade, Lula segue tentando forçar um modelo econômico do passado, ignorando a autonomia e o crescimento dos trabalhadores que encontraram formas alternativas de sobrevivência e sucesso financeiro.
Benefícios sempre para os grandes, nunca para os pequenos
Se a defesa da carteira assinada já mostra um descompasso do governo com a realidade do trabalhador, as políticas econômicas vão ainda mais longe na exclusão dos pequenos empreendedores.
O governo tem repetidamente anunciado pacotes de incentivos fiscais, linhas de crédito e políticas de desoneração para grandes empresas e setores específicos, mas ignora completamente quem mais precisa de apoio para crescer:
✔️ Multinacionais e grandes indústrias conseguem crédito a juros reduzidos pelo BNDES.
✔️ Empresas de tecnologia recebem incentivos e desonerações milionárias.
✔️ Setores tradicionais como montadoras e siderúrgicas sempre são agraciados com subsídios.❌ E os pequenos? Nada! Micro e pequenos empresários seguem lutando sozinhos, enfrentando juros altos, burocracia sufocante e impostos abusivos.
A proposta de criar uma venda de combustível mais barato apenas para grandes empresas, que ele acredita que geraria benefícios para a sociedade pobre, é apenas mais um capítulo nessa história de abandono. Enquanto isso, donos de pequenas frotas, motoristas de aplicativo, caminhoneiros autônomos e comerciantes continuam pagando a conta cheia. Lula e o PT não entendem, pois para eles, só quem move a economia são os velhos ‘patrões’, podres de rico que ficavam atrás de mesas fumando charutos importados.
Por que Lula está afundando nas pesquisas?
A resposta é simples: ele perdeu o discurso que o elegeu. Durante a campanha, Lula prometeu governar para todos os brasileiros, mas, na prática, continua favorecendo os grandes enquanto ignora os pequenos.
📉 As pesquisas mostram o reflexo desse erro:
🔸 O governo perde apoio entre os autônomos e microempreendedores.
🔸 A classe média sente o peso dos impostos e a falta de incentivos.
🔸 As grandes empresas são beneficiadas, mas não geram o impacto esperado na economia.Se Lula continuar olhando apenas para os empresários que já são privilegiados e esquecendo os pequenos, sua popularidade vai continuar derretendo. O Brasil mudou, mas o governo insiste em viver no passado.
✍️ Por Júnior Cardoso – Diretor-fundador e editor-chefe do PIRANOT
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