PÉ DE PALAVRA
(HELUANE APARECIDA LEMOS DE SOUZA)
(o poeta à espera da poesia)
Palavra seca no pé.
Nem semente,
Nem sabor de cor madura,
Nem amargo do que já passou.
Palavra seca no pé.
Poeta pensando na vida,
Para esquecer o que a vida é.
E agora?
Tritura a palavra seca,
E faz da farinha poema?
Esquece a palavra morta,
Porque dizer não vale a pena?
Admira a palavra seca,
Que o poema brota de qualquer cena?
Palavra seca no pé.
Espremo,
Mas não sai sumo.
Enlouqueço,
E não acho o rumo.
Da epopeia, faço resumo:
Já que a fruta está seca,
Nem lágrimas,
Nem lamento,
Façamos a farinha-vida
Bailar ao aroma do vento.
sp�Usy�� �_� size:11.0pt;font-family:”Verdana”,”sans-serif”‘>A borboletinha seguia contente. Já ganhara duas cores para guardar em seu bauzinho. Podia voltar para o céu, batendo as asas ligeiras, em seu “plim, plim, plim” baixinho. Foi quando encontrou o Senhor Grilo que sempre fora apaixonado por ela. Ele se pôs a tocar a viola, criando a melodia mais bela…
– Adelaide, linda borboletinha, que entra curiosa pela janela desde quando era pequenininha. Vou te dizer qual é a sua cor, e quero ganhar o sorriso mais belo. A cor de suas asas, que fazem “plim, plim”, é o doce e encantador AMARELO.
A borboletinha ficou coradinha de vergonha. Voltou ao céu com as três cores no bauzinho, as primeiras que havia aprendido: AZUL, VERMELHO, AMARELO. Mas quando pousou em sua nuvem, viu que algo tinha acontecido. Algumas cores se misturaram dentro do baú colorido, e feliz ela sorriu.
Vamos tentar criar as novas cores que a borboletinha descobriu?