Antônio Oswaldo Storel: “Biomas brasileiros e defesa da vida”





A Campanha da fraternidade de 2017 traz para a reflexão da Igreja e da sociedade a continuidade do tema já tratado em campanhas anteriores: o meio ambiente. Trata-se de um momento todo especial na vida litúrgica da igreja católica ou seja, o tempo da Quaresma, como preparação para os fiéis viverem a festa maior que é a Páscoa da Ressurreição do Senhor, a celebração da “vida nova”. O objetivo é fazer com que, após cada campanha, fiquem consolidados em nossa consciência, valores fundamentais sobre a nossa responsabilidade para com a mãe terra, como diz o lema “Cultivar e Guardar a Criação”.





Por isso, é muito oportuno abordar com maior profundidade os conceitos sobre o tema “Biomas”, “diversidade biológica”, etc. Inicialmente, é preciso deixar claro o que é um bioma: “é um conjunto de tipos de vegetação que abrange grandes áreas contínuas, em escala regional, com flora e fauna similares, definida pelas condições físicas predominantes nas regiões” (Portal Brasil).

Em termos da dimensão continental, os biomas brasileiros são os seguintes, por ordem de extensão: 1.- A Amazônia; 2.- O Cerrado; 3.- A Mata Atlântica; 4.- A Caatinga; 5.- O Pampa; 6.- O Pantanal. Para conhecer um pouco de cada um deles, vamos transcrever alguns dados retirados do Portal Brasil:

Amazônia: extensão aproximada de 4,196 mi km2; trata-se da maior reserva de biodiversidade do mundo e o maior bioma do Brasil, ocupando quase a metade (49,29%) do território nacional e abrangendo, totalmente, cinco estados (Acre, Amapá, Amazonas, Pará e Roraima), quase totalmente, Rondônia (98,8%) e parcialmente, Mato Grosso (54%), Maranhão (34%) e Tocantins (9%). Ele é dominado pelo clima quente e úmido, com temperatura média de 25°C e por florestas. Tem chuvas torrenciais bem distribuídas durante o ano e rios com fluxo intenso.

Ele é marcado pela bacia amazônica que escoa para o mar, 20% do volume de água doce do mundo. No território brasileiro encontram-se 60% da bacia, que ocupa 40% da América do Sul e 5% da superfície da Terra, com uma área de aproximadamente 6,5 mi km2. A vegetação característica é de árvores altas e nas planícies que acompanham o Rio Amazonas e seus afluentes, encontram-se as matas de várzeas (periodicamente inundadas) e as matas de igapó (permanentemente inundadas). Estima-se que esse bioma abrigue mais da metade de todas as espécies vivas do Brasil.

Cerrado: extensão aproximada de 2,036 mi km2. É o segundo maior bioma da América do Sul e cobre 22% do território brasileiro. Ocupa totalmente o Distrito Federal e boa parte de Goiás (97%), de Tocantins (91%), do Maranhão (65%), do Mato Grosso do Sul (61%) e de Minas Gerais (57%), além de cobrir áreas menores de outros seis estados.

É no cerrado que estão as nascentes das três maiores bacias da América do Sul: Amazônica/Tocantins, São Francisco e Prata, o que resulta em elevado potencial aquífero e grande biodiversidade. Esse bioma abriga mais de 6,5 mil espécies de plantas já catalogadas.

Nele, predominam formações da savana (planície das regiões tropicais, de longa estação seca e uma chuvosa, vegetação característica, com árvores baixas, de troncos retorcidos com casca grossa e fendidas) de clima tropical quente sub úmido e temperatura média anual entre 22°C e 27 °C. Além dos planaltos, com extensas chapadas, existem nessas regiões florestas de galerias, conhecidas como mata ciliar e mata ribeirinha, ao longo do curso d’água e com

folhagem persistente durante todo o ano; e a vereda, em vales encharcados e que é composta de agrupamentos de palmeira buriti sobre uma camada de gramíneas.

Peçamos a Deus que nos ilumine para podermos assumir nossa real responsabilidade por toda essa riqueza que nos é oferecida pela nossa “casa comum” brasileira, impedindo que os gananciosos pelo lucro exacerbado a destruam a seu bel prazer. (Continua)

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ANATONIO OSWALDO STOREL – é cirurgião dentista e ex-presidente da Câmara de Vereadores de Piracicaba.

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